Prefeito de Acopiara volta ao cargo após afastamento por suspeita de corrupção

O gestor foi recebido com festa na cidade

19:33 | Mar. 17, 2023

Por: Júlia Duarte
Prefeito de Acopiara foi recebido com carreata após reassumir o cargo em março, meses após ter sido afastado por decisão da Justiça (foto: Reprodução/Redes Sociais)

Afastado desde outubro de 2022, o prefeito de Acopiara, Antonio Almeida Neto (MDB), retornou à chefia do Executivo municipal nesta quinta-feira, 17. O gestor foi afastado no ano passado como um dos alvos da operação "Carona", do Ministério Público (MPCE), que investiga supostos crimes de corrupção, fraude em licitações, falsidade ideológica, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

O prefeito tinha sido afastado temporariamente por 180 dias, um prazo de seis meses. Além dele, foram afastados, na época, a secretária de Gabinete, o secretário de Obras e Infraestrutura e mais dois servidores que atuavam como motoristas do chefe do executivo municipal. 

Ele foi recepcionado com uma carreata e por populares que o acompanharam até o Paço Municipal. Durante a cerimônia, o prefeito assinou o Termo de Posse e fez um discurso de agradecimento. O gestor ressaltou que a "justiça foi feita". 

"Retornei de Fortaleza para a cerimônia de recondução do cargo de prefeito de Acopiara e pude mais uma vez contar com o apoio de cada um de vocês. A justiça foi feita e agora mais do que nunca me sinto motivado a dar o melhor pela gente querida da nossa amada Acopiara. Essa é a minha missão", escreveu pelas redes sociais, acompanhado de registros da recepção na cidade. 

A investigação apura indícios de ilegalidades em diversas obras no município. A relação contratual entre a Prefeitura de Acopiara e a construtora começou em 2019 e segue até outubro do ano passado, quando o MPCE pediu a suspensão do contrato. Já tinham sido transferidos mais de R$ 3,5 milhões dos cofres públicos para a referida empresa.

O contrato com uma empresa teria sido feito a partir da adesão a uma licitação já em vigor celebrada entre a construtora e a Prefeitura de Mombaça, em um procedimento conhecido por licitação “carona”. A Prefeitura de Mombaça não era alvo da investigação.