Cid Gomes critica suspensão de crédito consignado para aposentados feita por bancos públicos
O senador criticou as medidas após a Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, bancos públicos, suspenderem a oferta de empréstimo consignado a beneficiários do INSS
19:27 | Mar. 17, 2023
O senador da República Cid Gomes (PDT) se pronunciou, nesta sexta-feira, 17, sobre a suspensão de crédito consignado para aposentados, dita temporária, determinada por bancos brasileiros, após o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT) reduzir de 2,14% para 1,70% ao mês o teto de juros para essas operações de crédito. O senador criticou a medida e afirmou que deve-se “lutar contra isso”.
“É absurdo que bancos públicos, que já praticam taxas de juros inferiores aos limites do teto, se juntem aos bancos privados na decisão de suspender os empréstimos consignados aos aposentados. Os bancos não se cansam de fazer o povo brasileiro sofrer. Devemos lutar contra isso!”, escreveu Cid em suas redes sociais.
Cid fez as declarações após a notícia de que os bancos públicos Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil também suspenderiam a oferta de empréstimo consignado a beneficiários do INSS.
É absurdo que bancos públicos, que já praticam taxas de juros inferiores aos limites do teto, se juntem aos bancos privados na decisão de suspender os empréstimos consignados aos aposentados. Os bancos não se cansam de fazer o povo brasileiro sofrer. Devemos lutar contra isso!
— Cid Gomes (@senadorcidgomes) March 17, 2023Nesta quinta-feira, 16, bancos como Itaú, Mercantil Brasil, Banco Pan e Daycoval, já anunciaram esta suspensão após o Conselho Nacional de Previdência Social reduzir de 2,14% para 1,70% ao mês o teto de juros para essas operações de crédito.
Banco público tem que estar ao lado do povo e não da Febraban!
— Cid Gomes (@senadorcidgomes) March 17, 2023Em nota ao Estadão, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) afirmou que "cada banco tem sua estratégia comercial de negócio na concessão de linhas de crédito e não houve qualquer decisão coletiva"
A mudança nos juros foi feita pelo ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, à revelia do ministério da Fazenda de Fernando Haddad (PT). O caso gerou um embaraço para o presidente Luiz Inácio Lula - já que uma eventual reversão da medida tem custo político para o governo.
Lupi chegou a comemorar nas redes sociais a decisão afirmando que a redução dos juros é uma bandeira do governo. Porém, a decisão não teve aval da área econômica, que avalia defender uma reversão da medida diante do cenário de risco de crédito.
Está publicado no Diário Oficial de hoje a decisão do Conselho Nacional de Previdência Social que reduziu os juros dos consignados da folha do INSS de 2,14% para 1,70% ao mês. Reduzir os juros gerais da economia é uma meta do nosso governo e estamos alinhados neste propósito! pic.twitter.com/aanfZjMWVy
— Carlos LupiLeia mais
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