Líder de Sarto diz que Elmano dificulta parceria e prefeito merece aplauso do governador

O vereador diz notar dificuldade do Governo do Ceará em dialogar com a Prefeitura de Fortaleza e assumiu que o motivo já seria as eleições de 2024

O vereador Carlos Mesquita (PDT), líder do prefeito José Sarto na Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor), afirmou que o Governo do Ceará tem dificultado parcerias com a Prefeitura de Fortaleza. O parlamentar criticou a posição do governador Elmano de Freitas (PT) na polêmica que envolveu o aumento das passagens de ônibus e avaliou que o prefeito da capital tem sofrido "injustiças".

O pedetista questionou a falta dos repasses estaduais para o transporte público em Fortaleza, acordado em convênio durante o ano de 2021. Sarto afirma que o Governo do Ceará não comunicou que deixaria de repassar recursos para subsidiar as passagens de ônibus na Capital. O caso gerou uma guerra de notas entre as gestões.

"Isso [convênio] aconteceu até o ano passado quando havia essa parceria e o Governo do Estado mandava R$ 3 milhões para ajudar. Agora não está mandando mais e o prefeito vai ter que pagar R$ 10 milhões agora. Aí está injusto pagar R$ 10 milhões sozinho? Que parceria é essa?", afirmou Mesquita.

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O vereador rebateu ainda a nota do governo Elmano em que a gestão afirma já ajudar com aporte estimado em mais de R$ 30 milhões/ano por meio redução do ICMS. "Não tem obrigação? Então diga: 'Nós não vamos pagar mais, não vamos dar mais'. Isso de ICMS não é só pra Fortaleza não, esse discurso de ICMS é no Estado inteiro, não é só aqui, não foi um privilégio", completou o líder do governo.

Parabéns

Mesquita disse ainda que a gestão municipal deveria receber os parabéns do Governo do Ceará pelas ações e, "com toda humildade", avalia pedir apoio do Executivo estadual e do Governo Federal quando necessário. "O Sarto merece do Governo do Estado é aplauso. Esse cara, pensei que ele ia se lascar aí sozinho, mas que nada. Está dando a volta por cima, está fazendo tudo mesmo sem ajuda da gente", disse, sobre a atitude que o governador deveria ter em relação ao prefeito, segundo entende.

O vereador defendeu a posição de Sarto sobre uma possível dificuldade de diálogo da Prefeitura com o governo Elmano. O motivo de uma eventual negativa de parceria, segundo Mesquita, seria um olhar da oposição já para as eleições de 2024.

"De certa forma eu até aplaudo o Cid quando ele tenta manter essa união do PDT e do PT, uma parceria que vem dando certo há algum tempo, mas parece que não querem mais. Essas ações que estão sendo desenvolvidas pelo Governo do Estado demonstram que eles vão ter candidato, não vão apoiar o Sarto e já começaram", analisou o parlamentar.

Reeleição

O líder do prefeito demonstrou otimismo em relação à reeleição. Ele considera que um gestor que está no poder só perderia um pleito devido "fatos estratosféricos". "Por isso nós vamos trabalhar e muito para a reeleição e como eu disse, em 33 anos nunca vi um prefeito trabalhar tanto como esse Sarto", completou.

Apesar da divisão no PDT, aliados do prefeito trabalham para consolidar a candidatura à reeleição e por medidas para melhorar a popularidade do prefeito. Já o PT defende a tese de nome próprio do partido para as eleições na Capital. Enquanto isso, o secretário da Saúde de Maracanaú, Capitão Wagner (União Brasil), já sinalizou que a tendência é de que ele volte a disputar a Prefeitura.

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