Tasso critica Elmano, diz que Assembleia está "cooptada" e que Camilo não era "petista raiz"
O ex-senador e ex-governador também endereçou torpedos a aliados de Elmano na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece)
16:01 | Mar. 10, 2023
Em almoço com jovens empresários nesta sexta-feira, 10, o ex-senador Tasso Jereissati (PSDB) criticou duramente o governador Elmano de Freitas (PT), a quem acusou de distribuir cargos para desmontar a oposição.
“O governador criou mais 14 secretarias. Estamos vendo a política voltando a ser feita assim. A oposição não existe mais aqui no Ceará, é cooptada dessa maneira, dando uma secretaria, um cargo, como se fez também no Brasil e como Lula está querendo fazer”, disse o tucano.
Em seguida, Tasso avaliou que os critérios para a escolha do primeiro escalão do chefe do Executivo estadual são “absolutamente políticos” e que não há projeto de governo, apenas um projeto “político-eleitoral e cada vez mais nesse sentido fisiológico e clientelista”.
O ex-senador e ex-governador também endereçou torpedos a aliados de Elmano na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), presidida pelo deputado estadual Evandro Leitão, do PDT.
Sem citar Evandro ou outros membros da base de apoio do Abolição, Tasso declarou que a Assembleia “está cooptada” e que “todo mundo está acomodado achando que isso não tem consequências”.
O dirigente do PSDB no Ceará se referiu ainda ao ex-governador e hoje ministro da Educação Camilo Santana (PT), sobre quem disse que nunca o apoiou, mas que respeitava suas gestões à frente do Estado.
“Não apoiei Camilo nem Cid na segunda gestão. Agora o que estou vendo é uma coisa diferente. O Camilo não era o PT de raiz. Esse governador (Elmano), pelo início do governo dele, é um governo tipicamente petista de raiz”, apontou, acrescentando que “estes primeiros três meses estão indicando para um rumo completamente diferente daqueles critérios que eu falei aqui”, tais como “eficiência e competência”.
“Algumas coisas que nem os coronéis faziam”, continuou Tasso, “estão sendo feitas agora, isso de uma maneira explícita, sem nem disfarçar, como criar secretarias apenas para dar empregos ou cargos políticos”.
Com informações de Júlia Duarte