Caso das joias: PT cita Marisa e faz comparativo com conduta de Michelle Bolsonaro

Há quase 20 anos atrás, a ex-mulher de Lula abriu mão de joias recebidas por governo árabe

Após o episódio de contrabando de joias envolvendo o ex-presidente Bolsonaro (PL) e a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, o nome de Marisa Letícia, esposa falecida do presidente Lula (PT), voltou a ser alvo de disputa entre apoiadores de ambos os partidos. O Partido dos Trabalhadores (PT) fez um comparativo entre a conduta de Michelle e a de Marisa Letícia, que também ganhou acessórios luxuosos de um governo árabe, há 20 anos. 

Divergindo da atitude de Michelle, Marisa abriu mão do brinde oferecido pela rainha Fátima, dos Emirados Árabes Unidos, durante uma viagem ao Oriente, em meados de 2003. Na ocasião, Marisa não se recusou a aceitar os presentes porque, se o fizesse, estaria insultando a Corte Árabe. A ex-mulher de Lula recolheu os objetos de ouro, diamante e pedras preciosas e explicou aos assessores os motivos para não ter recusado o “mimo”.

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Dias depois da visita, o Planalto anunciou que as joias não ficariam com Marisa por questões de probidade e ética. À época, uma matéria publicada pelo jornal Folha de S.Paulo retratou o caso das joias de Marisa. “Segundo o Planalto, ela não vai recusar as joias, que já foram aceitas. Simplesmente não as considera um presente pessoal, e sim um presente para o país. No momento, a primeira-dama estuda uma forma de se desfazer do presente sem ferir suscetibilidades do casal real dos Emirados Árabes, onde ela e Lula foram recebidos com deferência conferida a poucos estrangeiros”, escreveu o repórter Wilson Silveira à Folha no ano de 2003.

O comparativo entre as duas ex-primeiras-damas surgiu após a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, retomar o caso semelhante ao de Michelle em sua conta oficial do Twitter. “Dona Marisa também foi presenteada com joias mas o desfecho foi muito diferente da Michelle. Ninguém tentou esconder e elas foram doadas ao programa Fome Zero. O nível é outro”, escreveu.

Influenciadores, políticos e apoiadores do petista seguiram a mesma linha de Hoffmann e, alguns, voltaram a ligar a causa da morte de Marisa (AVC) ao estresse sofrido pela eventual perseguição da operação Lava Jato.

Os parlamentares e influenciadores de direita, por sua vez, têm se esquivado das críticas e deixam que os internautas com menor número de seguidores discutam esse tipo de questão.

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