Vereadores ligados a Sarto e RC partem para cima de Cid após críticas à Prefeitura
Diversos parlamentares usaram tempo na tribuna da Câmara de vereadores para criticar fala de CidA parte inicial da sessão da Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor), nesta quarta-feira, 1º, foi marcada por uma enxurrada de críticas ao senador Cid Gomes (PDT). As declarações partiram sobretudo de parlamentares da base do prefeito José Sarto (PDT) ou ligados ao ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio (PDT). Carlos Mesquita e Lúcio Bruno, ambos do PDT, Emanuel Acrízio (PP) e Bruno Mesquita (Pros) foram alguns dos que se manifestaram.
Líder de Sarto na Casa, Carlos Mesquita, citou obras, programas e entregas da Prefeitura e, ao final, perguntava em tom sarcástico se todas elas estavam localizadas na Aldeota. “Os CEIs e Areninhas foram todos na Aldeota? Os terminais do Zé Walter e na Washington Soares foram transferidos para a Aldeota? O Cuca do Pici também foi para a Aldeota?”.
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E seguiu: “É uma injustiça o que o senhor está fazendo com o nosso prefeito (...) Quinta tem uma reunião lá no Diretório para acabar de quebrar o PDT. Porque o Cid está quebrando o PDT na Assembleia e agora quer quebrar aqui no Município e na Câmara, mas não vai quebrar, não, Cid. Estamos com Sarto”, concluiu Mesquita.
Na última terça-feira, 28, foi publicada entrevista de Cid ao podcast As Cunhãs, na qual o senador deu declarações em tom crítico à gestão Sarto; Cid mencionou conversas que teve com o prefeito e afirmou ter feito sugestões na administração. "Já disse cem vezes que tem uma ruma de viaduto aqui (na Aldeota), aquela região ali (da José Bastos) precisa de um. As coisas não podem ficar só na Aldeota".
Outro pedetista que comentou o caso foi Lúcio Bruno. O parlamentar, que preside a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na Câmara, disse não ter entendido a fala de Cid e declarou que a Capital “se tornou uma grande Aldeota” a partir de investimentos das últimas gestões. “Fortaleza se tornou uma grande Aldeota. Ele esqueceu de dizer isso, que em Fortaleza não existe mais a periferia e não existe mais a Aldeota. Fortaleza é só Aldeota”, pontuou.
Paulo Martins (PDT) também citou ações de Sarto e criticou Cid e outros correligionários que têm defendido aproximação com o governador Elmano de Freitas (PT). “Trago aqui 12 ações da gestão Sarto neste ano. Poderia trazer até 13, mas meu partido é o 12 (número do PDT). Embora a gente saiba que dentro (do partido) tem vários 13 (número de urna do PT), vários deputados mais ligados ao PT”, pontuou, citando, dentre as entregas recentes da Prefeitura, o Projeto Beira-Rio, na Barra do Ceará.
Emanuel Acrizio (PP) afirmou que há uma politização fora de hora na Capital e alfinetou o senador. "Estão politizando muito cedo. Não podemos fazer discriminação de bairros, tem que ser a Fortaleza de todos. Nós precisamos dar as mãos, governo e prefeitura. Senador, o senhor está muito sumido, precisa andar por Fortaleza e ver as obras. Realmente o senhor anda muito em Brasília (...) Deixe o prefeito trabalhar, não vamos antecipar a campanha”.
Já Bruno Mesquita, do Pros, ironizou a fala de Cid contra Sarto. “Acho que essa investida do senador Cid, talvez, seja para ele entrar no bloco do camarote do Big Brother”, disse o parlamentar que compõe a base do prefeito. Mais cedo, Bruno havia declarado que Cid deixou de ser uma referência para se tornar motivo de “chacota”. “Não pode um homem da envergadura de um dos melhores governadores do Estado estar fazendo um papel desse”, concluiu.