Bolsonaro defende vândalos do 8 de janeiro: "chefes de família, mães e avós"

A depredação dos prédios do Congresso, STF e Palácio do Planalto gerou um prejuízo de aproximadamente R$ 6 milhões aos cofres públicos.

Em um discurso durante viagem aos Estados Unidos, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), defendeu os golpistas responsáveis por invadir e depredar as sedes dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro.
“Nós temos agora, vai completar dois meses, 900 pessoas presas, tratadas como terroristas. Que não foi encontrado, quando foram presos, um canivete sequer com elas. E estão presas. Chefes de família, senhoras, mães, avós”, pontuou.

Bolsonaro comparou o ocorrido em Brasília com os ataques ao Capitólio em 2021, no qual apoiadores de Donald Trump invadiram e depredaram o prédio. O ex-presidente afirma que “a maioria” dos terroristas norte-americanos está ”respondendo ao devido processo" em liberdade. “No Brasil, não”, continuou, “não tem formal de culpa, não tem testemunha. As pessoas, a grande maioria, sequer estavam na Praça dos Três Poderes naquele fatídico domingo, que nós não concordamos com o que aconteceu lá", disse.

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Ao contrário do que disse Bolsonaro, até janeiro deste ano, foram presas 940 pessoas nos EUA, e esta continua sendo a maior investigação criminal dos 153 anos de história do Departamento de Justiça do país, segundo o The New York Times.

A Polícia Federal e o Ministério da Justiça investigam a possível influência de Bolsonaro nos ataques de 8 de janeiro. Membros de órgãos ligados ao governo e pessoas próximas ao ministro Alexandre de Moraes, condutor do caso, afirmam que a função que Bolsonaro desempenhou nos atos antidemocráticos precisa ser esclarecida.

Após Bolsonaro publicar um vídeo em suas redes sociais questionando o resultado das eleições, Moraes inseriu o ex-presidente no inquérito sobre a autoria dos ataques golpistas. A publicação foi excluída das redes de Bolsonaro minutos depois.

O Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu da Procuradoria-Geral da República (PGR) uma série de denúncias. Embora as investigações ainda estejam em curso na PF, foram formalizadas - nas últimas semanas - mais de 600 solicitações de abertura de ação penal, a maioria contra extremistas presos nos acampamentos montados em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília.

As gravações divulgadas após a invasão e destruição dos prédios mostraram que, só no Senado e na Câmara dos Deputados, o valor estimado pelas Casas para o prejuízo aos cofres públicos foi de aproximadamente R$ 6 milhões.

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