Reajuste dos servidores: governo faz reunião e vai manter proposta de 9%

O servidores pedem reajuste de 13,5%, mas o Governo afirma não ter verba

15:08 | Fev. 28, 2023

Por: Informações de João Paulo Biage / correspondente em Brasília
Governo vai manter reajuste de 9% para os servidores públicos (foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O Governo Federal já sinalizou três propostas para o reajuste salarial dos servidores públicos. Nesta terça-feira, 28, integrantes do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos e de sindicatos se reúnem para analisar as possibilidades. A intenção é manter a proposta de 9% de reajuste a partir de maio, enquanto os sindicatos pedem aumento na faixa de 13,5%.

Governo mantém proposta de 9% de reajuste; veja ao vivo:

 

Veja as propostas

1 - 7,8% de aumento em março + 44% sobre o Auxílio Alimentação
2 - 8,5% de aumento em abril + 44% sobre o Auxílio Alimentação
3 - 9% de aumento em maio + 44% sobre o Auxílio Alimentação

O teto em 9% é justificado porque o Governo dispõe de R$ 11,2 bilhões para negociar o reajuste deste ano. A intenção é propor esse aumento e negociar uma reposição para os próximos anos, para que seja possível incluir no Plano Plurianual e nas Leis Orçamentárias (LDO e LOA).

Na sexta-feira, 24, os servidores apresentaram uma contraproposta pedindo 13,5% de aumento este ano. Eles julgam ser possível aumentar esse montante de R$ 11,2 bilhões por meio de crédito adicional. No entanto, o Ministério avalia ser muito difícil dar reajuste superior aos 9% este ano, já que não foi indicado nem tinha previsão orçamentária na LOA. O montante entrou no orçamento pela PEC da Transição, aprovada pelo Congresso Nacional.

A reunião desta terça é vista com a expectativa de que um acordo seja firmado."Eu acredito que o martelo seja batido nesta semana", disse uma fonte ouvida pelo O POVO. Enquanto os sindicatos vão pedir 13,5% e mais R$ 200 de vale alimentação, o Governo vai seguir oferecendo 9%, atendendo os R$ 200 para despesas alimentícias. Há a expectativa dos sindicatos para que haja um meio termo e que chegar a 11%.