Campanha da Fraternidade 2023 é criticada por cristãos de direita: "Comunismo"
Tema da Campanha é visto como críticas ocultas ao governo Bolsonaro
17:43 | Fev. 23, 2023
Com o tema “Fraternidade e fome”, a Campanha da Fraternidade de 2023 , lançada oficialmente na manhã desta quarta-feira, 22, foi alvo de críticas por parte de cristãos extremistas de direita. A ação, promovida pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) no período da Quaresma, foi interpretada por extremistas católicos como um modelo de conspiração comunista. Os católicos ultraconservadores influenciam outros fiéis a não participarem e não realizarem doações para a campanha.
As críticas em torno da Campanha da Fraternidade e da CNBB perduram há tempos, no entanto, tendo em vista o contexto político e o tema escolhido para o ano de 2023, os comentários proferidos tendem a ser mais agressivos. Este ano, após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre Jair Bolsonaro (PL), os ataques surgiram com maior intensidade.
Nos comentários direcionados aos bispos da CNBB, os fiéis apontam que os sacerdotes distorceram as citações bíblicas para promover ideias de esquerda com o intuito de viabilizar a doutrina da Teologia da Libertação, um movimento de origem marxista que defende a população oprimida na busca pelos seus direitos.
Influenciadores digitais que apoiam Bolsonaro lideram a mobilização contra a Campanha da Fraternidade 2023. O movimento também conta com o apoio da Associação Centro Dom Bosco de Fé e Cultura, uma entidade católica ultraconservadora responsável por tentar censurar o especial de Natal do grupo Porta dos Fundos, em 2020.