CUT critica reajuste do salário mínimo apresentado pelo presidente Lula
Os gastos com pensões e aposentadorias impossibilitaram a aplicação do novo valor no mês de janeiro
12:50 | Fev. 18, 2023
Sérgio Nobre, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), disse, em nota publicada nesta quinta-feira, 16, que discorda do novo valor do salário mínimo, divulgado pelo presidente Lula (PT). “Não iremos nos contentar com a proposta atual nem aplaudir quem nos está lesando”, disse. A proposta de Lula altera o valor do salário mínimo de R$ 1.302 reais para R$ 1.320, a partir do dia 1° de maio. A intenção do presidente era que a nova quantia fosse distribuída ainda no mês de janeiro, todavia, o gasto inesperado com pensões e aposentadorias limitou o reajuste.
Sérgio Nobre defende que o valor deveria ser reajustado para R$ 1.382. “A Central Única dos Trabalhadores, que conhece os direitos e representa a maioria dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros, sabe que esse aumento [proposto por Lula] não é o esperado nem suficiente”, e acrescentou que o governo não consultou a CUT para definir o reajuste, embora a corporação analise “a fundo, de forma técnica, todas as variáveis que influenciam e afetam a vida do trabalhador”.
Os valores propostos por ambos os grupos divergem da quantia de R$ 1.343 sugerida por centrais sindicais durante reunião com Lula no dia 18 de janeiro. Na discussão, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e sua equipe defenderam que o salário permanecesse em R$ 1.302. Naquele mesmo mês, o anúncio do reajuste foi adiado, visto que a quantia final era inferior ao valor prometido pelo presidente.
De acordo com dados do governo, a cada R$ 1 que é acrescentado no salário mínimo, são aumentados R$ 389,8 milhões nos custos da União. Dessa forma, o valor sugerido por Lula resultaria num impacto superior a R$ 7 bilhões.
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