RC diz que PDT vive "contradição interna" desde a eleição

Divisão interna foi evidenciada durante votação do pacote de medidas de Elmano, aprovado pela Assembleia Legislativa do Ceará e que gerou repercussões na Câmara de vereadores de Fortaleza

O ex-prefeito de Fortaleza e presidente municipal do PDT, Roberto Cláudio, expôs a situação interna da sigla ao afirmar que a legenda enfrenta uma “contradição interna” desde as eleições de 2022, quando ocorreu o rompimento da aliança com o PT no Ceará. Em entrevista à Rádio O POVO CBN, nesta quinta-feira, 16, RC comentou as divergências que vêm sendo registradas entre seus partidários.

O último episódio que evidenciou a divisão interna foi a votação do pacote de medidas do governador Elmano de Freitas (PT), aprovado pela Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) na última quarta-feira, 15. A maioria da bancada do PDT votou com o governo. Dos 13 membros da bancada, apenas três, ligados a RC, se posicionaram contra mensagens apreciadas.

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“O PDT não fechou questão sobre o posicionamento em relação a Elmano e muito menos ao conjunto de matérias enviadas. O partido vive, de fato, desde a última eleição, uma contradição interna. Teve candidaturas ao governo e à Presidência e parte do partido não apoiou essas candidaturas. Essa é a contradição com a qual convivemos”, disse Roberto.

RC comentou ainda que caberá ao deputado federal André Figueiredo, que exerce a presidência nacional da sigla, conduzir a questão, mas reforçou que já houve liberação para o diretório na Capital. “O partido sinalizou que o diretório municipal teria autonomia para exercer oposição, independente da decisão do diretório estadual. É isso que temos feito”.

Câmara Municipal

Na Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor), o cenário se inverte. Enquanto a maioria do PDT critica parte das propostas de Elmano, em alinhamento ao pensamento de RC, há parlamentares da legenda que são críticos ao atual prefeito José Sarto (PDT); dentre eles os vereadores Julio Brizzi e Enfermeira Ana Paula.

Ao O POVO, Brizzi comentou, nesta quinta-feira, 16, a percepção acerca do racha interno. Segundo ele, é “legítimo” que cada um defenda seus posicionamentos, mas o parlamentar alega "estranheza" com a postura de partidários críticos ao pacote de medidas de Elmano.

“No ano passado, enfrentamos um debate sobre a Taxa do Lixo, que foi muito ruim para a Cidade. O que fico estranhando é que durante a Taxa, eu e Ana Paula fomos contra, mas a maioria que apoiou não veio à tribuna defender. E agora, vários que se calaram estão se manifestando contra a pauta do Estado que nem vão votar. Podem comentar, mas na hora de falar aqui, onde votavam, não o fizeram”, disse.

Brizzi criticou ainda a administração Sarto pelo trato com o Legislativo. “Qualquer projeto de majoração tributária, criação de tributo, é assunto sensível que precisa de debate, coisa que não conseguimos fazer com a Taxa do Lixo. As matérias que o prefeito manda são com urgência num dia para aprovar no outro. Como se a Câmara fosse cartório do Executivo. Não vejo esses mesmos colegas reclamando disso”.

O parlamentar defendeu que haja um movimento na direção do PDT para convocar os quadros a fim de alinhar posição. “Acho que o PDT deveria, sim, chamar para um debate para tirar posição. Até para dar uma garantia maior para a população, até porque tem a maior bancada na CMFor e na Assembleia, mas está rachada lá e está aqui. É algo que o partido deveria se preocupar”.

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