Maratona de votações mostra quem está na base e quem é oposição a Elmano; confira

Os votos obtidos pela base aliada variaram de um mínimo de 29 a um máximo de 35. A oposição oscilou de 6 a 13 votos

02:43 | Fev. 16, 2023

Por: Érico Firmo
Deputados de PL, PDT e União Brasil confabulam na oposição (foto: FÁBIO LIMA)

A sequência de votação de mensagens na Assembleia Legislativa do Ceará ofereceu a primeira medição das forças políticas no novo Ceará político, redefinido após as eleições de 2022. Ao longo de quase 13 horas de sessão, como discursos agressivos e muitos confrontos, a articulação do governo Elmano de Freitas (PT) passou com folga pelo primeiro teste de estresse.

Duas mensagens, sobre o mutirão de cirurgias e a campanha contra a fome, foram aprovadas por consenso. Mas, foram as quatro mensagens mais polêmicas que permitiram medir a correlação de forças. Elas envolveram o aumento do ICMS, a criação de um fundo com recursos de incentivos fiscais dados a empresas, o empréstimo de R$ 900 milhões do Banco do Brasil e a reforma administrativa.

Os votos obtidos pela base aliada variaram de um mínimo de 29 a um máximo de 35. A oposição oscilou de 6 a 13 votos. Um indicativo do tamanho mínimo e máximo de cada força atualmente.

Partidos

Maior bancada da Casa, o PDT teve 3 dos 13 deputados na oposição — o trio ligado ao ex-prefeito Roberto Cláudio e ao prefeito de Fortaleza, José Sarto: Antônio Henrique, Cláudio Pinho e Queiroz Filho.

No União Brasil, de Capitão Wagner, três deputados se posicionaram como oposição ferrenha, mas Firmo Camurça esteve do lado do governo.

Quem é a oposição

O tamanho máximo da oposição hoje foi visto na proposta de aumento do ICMS. Foram 13 votos contra a proposta do governo: Alcides Fernandes (PL), Antônio Henrique (PDT), Apóstolo Luiz Henrique (Republicanos), Carmelo Neto (PL), Cláudio Pinho (PDT), David Durand (Republicanos), Dra. Silvana (PL), Emilia Pessoa (PSDB), Felipe Mota (União Brasil), Marta Gonçalves (PL), Oscar Rodrigues (União Brasil), Queiroz Filho (PDT) e Sargento Reginauro (União Brasil).

Nos quatro projetos nos quais houve divergência, houve cinco deputados que votaram contra o governo em todos eles: Carmelo, Silvana, Felipe Mota, Reginauro e Alcides, pai de André Fernandes.

Apóstolo Luiz Henrique só não votou contra o governo nas mensagens em que estava ausente — o que foi metade dos casos em que havia polêmica.

Já o trio pedetista ligado a Roberto Cláudio votou todo com o governo sobre o empréstimo de R$ 900 milhões do Banco do Brasil.

Marta Gonçalves e Emilia Pessoa só não apoiaram o governo na votação do aumento do ICMS. David Durand também — e no empréstimo, quando esteve ausente.