Veja o que o presidente do CNPq disse sobre o reajuste das bolsas

"As propostas estão na direção correta, por um país mais equânime e mais desenvolvido", afirmou Galvão ao programa O POVO News

Em entrevista ao O POVO News nesta segunda-feira, 13, o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Ricardo Galvão, posicionou-se sobre o reajuste das bolsas de fomento à ciência e tecnologia. Para ele, o percentual previsto era de 70% para compensar a inflação, todavia, não será possível tendo em vista que o orçamento atual foi preparado pelo governo anterior. “Nós tivemos um pouco de acréscimo com a PEC da transição que aumentou os recursos do CNPq, por exemplo, de R $1,5 bi para R$1,9 bi, essa diferença vai permitir o aumento das bolsas”, explicou.

O presidente acrescentou que é importante investir na modernização de plataformas de pesquisas, não somente em bolsas, pois os laboratórios também se encontram em situação decadente. “O que nós esperamos para este ano é, primeiro, fazer um esforço muito grande para a melhoria de nossas plataformas computacionais e conseguir ter mais recursos para projetos de pesquisa”, declarou.

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O novo percentual será anunciado pelo presidente Lula (PT) ainda esta semana, na quinta ou sexta-feira. Galvão pontuou que o reajuste vale tanto para a bolsa CNPq quanto para a Capes - que disponibiliza mais bolsas que o próprio CNPq - e que o valor do benefício pode variar de acordo com a modalidade da bolsa fornecida. “O reajuste vai ser para todas as categorias, mas não terão índices iguais, pois é claro que as bolsas de mestrado e doutorado elas estão em um nível muito mais baixo que as outras”, disse.

O presidente explicou que as bolsas de mestrado e doutorado terão reajuste maior em comparação às demais porque não são modificadas desde o ano de 2003. A partir de março, os pagamentos serão feitos com os valores atualizados, tanto para as bolsas existentes quanto para as iniciadas depois do período. Durante a entrevista, Galvão também comentou sobre os cortes nas bolsas de chamadas nacionais e argumentou que a redução no número se deve ao período de isolamento social.

“Nós temos que ter o resultado das chamadas para saber quantas novas bolsas serão oferecidas e quais são as demandas, porque durante a covid houve uma diminuição grande na demanda, ou seja, no número de solicitação de bolsas. Isso pode ser devido à covid mas pode ser também porque o valor das bolsas era muito baixo”, ponderou.

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