Ação de combate ao garimpo será estendida a outras seis terras indígenas, anuncia Dino
Ministro informou que o Governo apura responsabilização e que irá apresentar à Justiça autores de crime de genocídio
21:52 | Fev. 13, 2023
Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino anunciou, durante entrevista nesta segunda-feira (13) ao programa O POVO News, do O POVO, que a operação federal de combate ao garimpo ilegal será estendida a outras seis terras indígenas.
“Acredito que nos próximos meses essa operação (na terra ianomâmi) vai estar toda finalizada e vamos partir para outras seis áreas. Temos sete áreas para realizar a desinclusão (dos garimpeiros)”, antecipou o ministro.
Segundo ele, “o território ianomâmi é o primeiro” dentro do plano de ação, que prevê outras investidas ao longo deste ano.
“Teremos mais seis operações ao longo de 2023 para garantir que a lei seja cumprida e não haja danos as populações indígenas”, acrescentou.
Ainda de acordo com o ministro, “a previsão está se confirmando” em relação à saída de garimpeiros das terras dos ianomâmi depois que casos de desnutrição e morte dos indígenas se tornaram públicos.
“Há um fluxo de saída intenso (de garimpeiros), por aviões, barco, a pé”, disse. “É questão de legalidade. Não é possível garimpo clandestino numa terra federal. As operações já começaram, de modo progressivo, e os resultados estão aparecendo.”
Ao programa do O POVO, Dino informou também quais são as próximas terras que serão alvo de ações do Governo Federal: Karipuna (Rondônia), Uru-Eu-Wau-Wau (Rondônia), Kayapo (Pará), Arariboia (Maranhão), Mundurucu (Pará, Mato Grosso e Amazonas) e Trincheira Bacaja (Pará).
Questionado sobre responsabilização criminal de envolvidos na exploração irregular da terra, Dino respondeu que “estamos investigando os autores de crime de genocídio” e que o Governo irá “apresentar ao Judiciário quem foram os autores”.