Arthur Lira vence na Câmara, com apoios desde PT até bolsonaristas
Votação do presidente da Câmara foi recorde. Disputaram contra ele candidatos do Psol e do Novo — o psolista levou a melhor
Arthur Lira (Progressistas-AL) confirmou o favoritismo e foi eleito presidente da Câmara dos Deputados com a maior votação desde a redemocratização: 464 dos 508 votos.
Ele teve apoio desde o PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, até o PL do ex-presidente Jair Bolsonaro. O presidente reconduzido teve apoio de um bloco de 21 partidos, que reúne 496 deputados. Além de PT e PL, declararam apoio a Lira União Brasil, MDB, PSD, Republicanos, PSDB, Cidadania, Podemos, PSC, PDT, PSB, Avante, Solidariedade, Pros, Patriota e PTB, além do Progressistas, partido ao qual o deputado é filiado.
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Lira disputava contra Chico Alencar (Psol-RJ), que teve 21 votos, e Marcel van Hattem (Novo-RS), que ficou com 19.
Alencar foi apoiado pela federação formada pelo partido dele e a Rede Sustentabilidade, que reúnem 14 deputados.
Van Hatten foi apoiado pelo Novo, que tem 3 deputados.
Recorde
Lira se tornou o presidente da Câmara mais votado da história. O recorde anterior era dividido por Ibsen Pinheiro (MDB-RS), em 1991, e João Paulo Cunha (PT-SP), em 2003. Tanto Ibsen quanto Cunha, todavia, eram candidatos únicos. Porém, Ibsen foi eleito com percentual maior de votos: 96%, pois o número de deputados era menor. Lira teve 91%. Para Cunha, foram 90%.