Operação Lesa Pátria: PF deflagra nova fase e prende mais extremistas

Nova etapa foca em 11 mandados de prisão preventiva e 27 de busca e apreensão em cinco estados

11:46 | Jan. 27, 2023

Por: Taynara Lima
 Vândalos quebram fachada do Palácio do Planalto em 8 de janeiro de 2023 (foto: SERGIO LIMA/AFP)

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta sexta-feira, 27, a terceira fase da Operação Lesa Pátria, que busca investigar participantes, organizadores e financiadores dos atos extremistas realizados em Brasília no dia 8 de janeiro.

Na nova fase, os agentes cumprem 11 mandados de prisão preventiva e 27 de busca e apreensão em cinco estados: Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina, além do Distrito Federal.

De acordo com a PF, os fatos investigados constituem os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

Pelo Twitter, o ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino falou sobre a operação e afirmou que a lei é maior do que os extremistas.

Hoje estão sendo cumpridos, pela Polícia Federal, mais 11 mandados de prisões preventivas e 27 de busca e apreensão contra golpistas e terroristas. A autoridade da lei é maior do que os extremistas.

— Flávio Dino (@FlavioDino) January 27, 2023

No dia 20, a PF cumpriu a primeira fase da ação, prendendo 6 pessoas suspeitas de participarem dos atos. Na segunda etapa, um dos detidos foi Antônio Cláudio Alves Ferreira, filmado derrubando e destruindo o relógio histórico que estava no Palácio do Planalto.

Entre os extremistas que foram detidos nesta sexta, estão, Eduardo Antunes Barcelos e Marcelo Eberle Motta - presos pela participação nos atos que promoveram invasões nas sedes dos Três Poderes. Os suspeitos foram presos em Minas Gerais.

Em Santa Catarina, a bolsonarista Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza - conhecida como “Fátima de Tubarão” - é uma das detidas nessa fase da operação. Os dois mandados expedidos em Santa Catarina foram determinados contra Fátima. Em vídeos que circulam nas redes sociais, ela aparece invadindo o Planalto e afirmando: “Vamos para a guerra, vamos pegar o 'Xandão' agora”, em referência ao ministro do STF Alexandre de Moraes.

Em nota, a Polícia Federal informou que a operação é permanente, “com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas”.