Impeachment de Dilma contou com o apoio de 7 ministros do governo Lula
O presidente declarou que a exoneração de Dilma foi um "golpe de Estado".
17:22 | Jan. 27, 2023
O presidente Lula (PT) empossou no dia 1° de janeiro de 2023 37 ministros para compor a Esplanada Ministerial. Desses, sete se posicionaram a favor do impeachment de Dilma Rousseff (PT) em 2016. Dentre os apoiadores, estão o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), a ministra de Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), e Simone Tebet (MDB), ministra do planejamento.
Em visita à Argentina, no dia 22, Lula discursou sobre a retirada de Dilma do poder, e afirmou que a petista havia sofrido um "golpe de Estado”. O presidente relatou que “depois de um momento auspicioso no Brasil, quando governamos de 2003 a 2016, houve um golpe de Estado”.
Na última quarta-feira, 25, Lula compareceu ao Uruguai para se reunir com Luis Lacalle Pou, atual presidente do Uruguai. Na ocasião, o presidente brasileiro chamou Michel Temer de golpista e relatou que as políticas presidenciais foram deterioradas nos últimos sete anos.
“O Brasil não tinha mais fome quando deixei a Presidência e hoje temos 33 milhões de pessoas passando fome. Isso significa que tudo que fiz de política social durante 13 anos de governo foi destruído em 7 anos. Três do golpista Michel Temer e 4 do governo Bolsonaro. Por isso o tema do meu governo é ‘União e Reconstrução’”, pontuou.
O impeachment de Dilma foi oficializado pelo Senado sob comando do então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, indicado para o cargo pelo próprio presidente Lula. A petista foi acusada de crime de responsabilidade fiscal quando ordenou a edição de créditos suplementares sem autorização do Senado.