Monark segue com conta em plataforma, apesar de determinação de suspensão do STF
O influencer diz que está "confiante" que a conta não será suspensa como aconteceu em outras redes sociais
17:10 | Jan. 25, 2023
O canal do influenciador Monark no Rumble, plataforma de vídeos popular na extrema-direita, segue no ar apesar da determinação de bloqueio imposta pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A ação veio poucos dias após o influenciador manifestar apoio aos bolsonaristas que invadiram a sede dos Três Poderes no dia 8 de janeiro.
Moraes atendeu a pedido do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues. Os perfis foram considerados como estimulantes a prática de atos violentos e antidemocráticos. No dia da invasão às sedes, o ministro decretou, entre outras medidas, o bloqueio de 14 perfis nas redes sociais.
Monark transmite conversas ao vivo na rede social quase que diariamente. Em uma das últimas, ele diz estar "confiante " que sua conta não será suspensa, pelas diretrizes da plataforma e porque a rede não tem vínculos no território brasileiro. "O rumble está garantindo minha liberdade por enquanto, como eu sei que o STF é todo poderoso ele consegue fazer coisas que o Rumble não consegue impedir", disse.
Em outro momento, ele criticou a decisão do ministro e afirmou ser vítima de censura. O ex-apresentador mencionou ainda que o "Estado é tirânico" e que a sociedade está com "medo" de falar.Na plataforma, já são mais de 258 mil seguidores.
Anteriormente, Monark já havia comentando que a plataforma foi notificada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para desativar seu canal, mas a empresa "está lutando contra essa ordem e não me barraram ainda".
Na semana passada, Monark pediu sugestões de emprego, já que suas contas estavam suspensas. Com a decisão do ministro, o Instagram e o Twitter retiveram o acesso do influenciador. A conta dele no Youtube foi suspensa ainda em novembro de 2022.
O Rumble é uma plataforma de vídeo fundada em 2013 por Chris Pavlovski. O site ficou conhecido através de figuras da extrema-direita que acusavam o YouTube e outras redes sociais de censurar seus conteúdos e decidiram migrar para a plataforma canadense. Dinesh D'Souza, Sean Hannity e até mesmo o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aderiram ao site.