Cartão corporativo: notas fiscais mostram gastos de Bolsonaro com picanha e Rivotril

Documentos detalharam o que foi adquirido pelo ex-presidente com o cartão corporativo

As notas fiscais dos gastos realizados no cartão corporativo durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foram divulgadas nesta segunda-feira, 23. As despesas incluem a compra de picanhas, doces e remédios, como Rivotril.

Os dados foram obtidos pela Fiquem Sabendo, agência de dados especializada no acesso a informações públicas. Entre os principais gastos realizados, o ex-presidente comprou picanha, camarão e caviar. Apenas em um dia - 30 de março de 2019 - um dos documentos registrou o valor de R$ 743,26 na compra de picanhas.

Algumas notas fiscais mostraram gastos com formas de brigadeiro, balões de festa, doces, leite condensado, salgadinhos e panetone.

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Os documentos também registraram despesas realizadas em farmácias, apontando a compra de remédios, como Rivotril, voltado para o controle de quadros de ansiedade, e outros medicamentos para o tratamento de úlcera, gastrite e lesão no esôfago.

As motociatas realizadas pelo ex-presidente também foram custeadas com dinheiro público. As despesas eram voltadas para a hospedagem e alimentação da equipe que acompanhava o presidente nos eventos.

Os altos gastos com lanche, por exemplo, eram feitos para alimentar as centenas de funcionários que acompanhavam o ex-mandatário nos passeios.

No último dia 12, o governo havia divulgado os gastos do cartão corporativo no período de 2003 a 2022. Os dados foram disponibilizados em planilha e incluíam as despesas feitas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Dilma Rousseff (PT), Michel Temer (MDB) e Bolsonaro.

As planilhas apontavam que a maioria dos gastos de Bolsonaro foram com hospedagem - R$ 13,6 milhões. Com alimentação, os gastos no cartão totalizaram R$ 10,2 milhões, incluindo R$ 8.600 em sorveterias, R$ 408 mil em peixarias e R$ 581 mil em padarias.

Apesar de conter os valores desembolsados e os locais onde os gastos foram feito, os dados ainda não detalhavam o que foi comprado.

Com a disponibilização apenas das cópias físicas das notas fiscais, a agência Fiquem Sabendo conseguiu escanear 2,6 mil páginas, cerca de 20% dos documentos disponibilizados. Os dados estão disponíveis para livre acesso da população.

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