"Oportunista", diz líder do governo Lula sobre Zema

Guimarães considerou o governador de Minas Gerais como um dos principais responsáveis pelas ameaças à democracia

17:00 | Jan. 17, 2023

Por: Taynara Lima
O deputado federal José Guimarães e o governador de Minas Gerais Romeu Zema. (foto: Montagem)

O líder do governo na Câmara e deputado federal José Guimarães (PT) falou, em entrevista à Rádio O POVO CBN nesta terça-feira, 17, sobre a presença do governador de Minas Gerais Romeu Zema (Novo) na reunião realizada pelo presidente Lula e a fala do político sobre a atuação do novo governo nos ataques de Brasília.

Nesta segunda-feira, 16, Zema acusou o governo Lula de fazer "vista grossa" nos atos de vandalismo para, posteriormente, se fazer de vítima. “Me parece que houve um erro da direita radical, que, lembrando, é uma minoria, e houve um erro também, talvez até proposital, do governo federal, que fez ‘vista grossa’ para que o pior acontecesse e ele se fizesse posteriormente de vítima”, afirmou em entrevista à Rádio Gaúcha.

Guimarães abordou a fala de governador eleito e considerou Zema um "oportunista" e um dos responsáveis diretos pela ameaça à democracia do país.

“Esse cara é um oportunista. Ele passou a campanha do primeiro turno [das eleições] escondido no eleitorado do Lula. Assim que terminou, ele foi pro segundo turno e começou a fazer essas ‘piruetas’ que ele sempre faz, com relação à democracia e ao novo governo. Portanto, se tem alguém que é responsável por todo esse desmantelo que foi feito no país é o ‘seu Zema’, porque ele era o aliado incondicional do Bolsonaro e continua bolsonarista lá em Minas Gerais. Depois, ele vem pedir ‘penico’ aqui em Brasília ao governo. Nós vamos estar muito atentos a isso”.

Sobre a presença do governador na reunião realizada pelo presidente Lula, junto aos outros 26 representantes de estado do país, o líder do governo ressaltou a importância da reunião para a democracia, apesar das divergências entre os políticos.

“É assim que funciona o país. Em quinze dias, nós fizemos coisas que o Bolsonaro não fez em quatro anos. Ele nunca reuniu os governadores. O governo é diferente”, completou.