Câmeras de segurança mostram momentos exatos em que objetos e obras são destruídos em Brasília
Câmeras de segurança nas sedes dos Três Poderes flagraram os momentos em que os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) destroem obras de arte e peças raras, durante ataques antidemocráticos. As imagens foram divulgadas, neste domingo, 15, pelo programa Fantástico, na Rede Globo.
17:14 | Jan. 16, 2023
Novas cenas dos ataques aos Três Poderes foram divulgadas pelo programa Fantástico neste domingo, 15, exatamente uma semana depois do vandalismo ocorrido em Brasília. As câmeras de segurança do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e da sede do STF mostram os momentos em que obras de arte e peças valiosas são destruídas.
Nas imagens, o relógio de Balthazar Martinot é mostrado sendo derrubado no chão por um homem vestindo uma blusa com os escritos “Bolsonaro Presidente” e com a foto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Presente da Corte Francesa para Dom João VI, só existem apenas dois relógios de Martinot, sendo um deles no Palácio de Versailles.
A Câmara dos Deputados ainda apresenta manchas de queimaduras no carpete verde molhado. O Salão Verde, que remete a cor do piso, foi um dos locais mais destruídos pelos bolsonaristas que participaram dos ataques.
Em vídeo feito pela câmera no uniforme de um policial legislativo, é possível ver os vândalos utilizando uma mangueira de incêndio para jogar água nos policiais que tentavam impedir o avanço do grupo.
Os sete furos na tela de "As Mulatas", de Di Cavalcanti, também foram flagrados pelas câmeras de segurança no Palácio do Planalto. Um homem, que usa a bandeira do Brasil como capa, deu sete golpes em sequência.
A mesa expositora que continha diversos documentos oficiais, que ficava logo à frente do quadro de Di Cavalcanti, teve seu vidro quebrado por um homem que carregava um pedaço de madeira.
No Palácio do Planalto novamente, um homem joga dois extintores de incêndio contra a janela de vidro do local. O primeiro extintor jogado é disparado e libera gás, o segundo atravessa o vidro do local.
Restauradores de obras de arte e objetos raros vêm estão fazendo um trabalho de recuperação das peças históricas danificadas pelos vândalos, em Brasília. A escultura Bailarina, feita de bronze fundido por Victor Brechelet em 1920, foi a primeira a ser restaurada. A obra foi doada pela filha de Brechelet, Sandra Brechelet, em 2015.
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