Coronel da reserva se desculpa por xingar oficiais em ato golpista: "Emoção tomou conta"

O coronel da reserva pediu desculpas por xingar militares do exército, no domingo, 8, e explicou que agiu "sob forte emoção".

O coronel da reserva Adriano Camargo Testoni se desculpou por vídeo em que ele aparece xingando oficiais do Exército. Ao se explicar sobre o ocorrido, ele diz que “estava sob forte emoção” quando gravou o momento.

Adriano divulgou um vídeo no ato golpista, neste domingo, 8, em que, segundo ele, fez as ofensas pois sua mulher ficou sem conseguir respirar durante o ato e, por conta disso, “estava sob forte emoção” quando fez o registro. Ele também afirmou que não invadiu nenhum prédio e estava longe do Congresso Nacional.

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“Não invadimos nada, fomos contra a violência. Estávamos errados, no local errado. Mas se você vê um parente, uma pessoa que você ama ferida, sem conseguir enxergar, respirar... A emoção tomou conta”, diz o militar.

Adriano foi exonerado, nesta segunda-feira, 9, do Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília, de acordo com a edição de terça-feira, 10, do Diário Oficial da União.

Entre os generais ofendidos no vídeo feito pelo militar, estão Pinto Sampaio, Duarte Pontual e Ridauto Lúcio Fernandes. Ridauto também compareceu ao ato em Brasília. O coronel da reserva se dirigiu especificamente a estes três generais ao se desculpar.

O vídeo onde o coronel xinga o Exército circulou na Internet a partir de segunda-feira, dia seguinte aos ataques ao Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto.

“Bando de generais filhas da p***. Vão tudo tomar no c*. Vanguardeiros de merda. Covardes. Olha o que está acontecendo com a gente”, diz Testoni em uma das gravações no dia dos atos antidemocráticos. “Esse nosso Exército é uma merda”, adicionou.

Em suas redes sociais, Testoni compartilha publicações de caráter golpista, em que incita a "queda do sistema". Em outros, Adriano pede a prisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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