Ex-ministro diz que minuta para decreto de golpe estava em pilha de descarte para ser triturado
Anderson Torres disse ainda que documento golpista está "fora de contexto"
18:49 | Jan. 12, 2023
O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres disse que a minuta de decreto para um golpe de Estado, encontrado na casa dele pela Polícia Federal, provavelmente estava numa pilha de descarte e seria triturado.
"Havia em minha casa uma pilha de documentos para descarte, onde muito provavelmente o material descrito na reportagem foi encontrado. Tudo seria levado para ser triturado oportunamente no MJSP", publicou ele no Twitter.
O ex-ministro, que exerceu por uma semana o cargo de secretário da Segurança Pública do Distrito Federal, disse que o documento foi informado "fora de contexto". "O citado documento foi apanhado quando eu não estava lá e vazado fora de contexto, ajudando a alimentar narrativas falaciosas contra mim". Torres disse ainda respeitar a democracia brasileira.
Ele foi exonerado do cargo de secretário ainda no domingo, sob acusação de se omitir sobre os ataques de manifestantes golpistas contra os três poderes.
A referida minuta decretava Estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e dava poderes a Bolsonaro para interferir no resultado eleitoral.
A Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na residência de Torres na última terça-feira, 10, por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O ex-ministro teve prisão decretada por Moraes naquele dia. Ele está em viagem aos Estados Unidos e informou que retornaria ao Brasil, o que ainda não fez.
Leia mais
-
Irmão de Michelle Bolsonaro nomeado por Tarcísio esteve em acampamento golpista
-
Documento achado pela PF na casa de ex-ministro previa intervenção de Bolsonaro no TSE
-
Vereador articula isenção da Taxa do Lixo para igrejas e instituições sem fins lucrativos
-
Em um único dia, Bolsonaro gastou R$ 363 mil em hotel com cartão corporativo
-
Bolsonaro gastou R$ 109 mil em restaurante que vende marmita a R$ 16
-
Cartão corporativo de Bolsonaro: veja quais os principais gastos do ex-presidente