Deputados bolsonaristas acionam Direitos Humanos por detidos em ginásio no DF
Casos de supostas má condições entre os detidos estão sendo desmentidos pelas autoridadesUm grupo de parlamentares recorreu ao Ministério dos Direitos Humanos e à Defensoria Pública, nesta segunda-feira, 9, pedindo melhores melhores condições às 1,5 mil pessoas que foram detidos e levadas a um ginásio da Polícia Federal (PF), em Brasília.
A deputada federal Carla Zambelli afirma que parlamentares estão recebendo denúncias de suposta precariedade no tratamento dado aos detidos. Entre os deputados que acionaram os órgãos do governo, estão também Bia Kicis (PL-DF), Carlos Jordy (PL-RJ), Luiz Lima (PL-RJ) e os eleitos Zé Trovão (PL-SC) e Rodolfo Nogueira (PL-MS).
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"Recebemos a informação de que falta água e falta comida para eles. Acionamos a DPU e o Ministério dos Direitos Humanos. Entre os detidos, há manifestantes que atuavam de forma pacífica e vândalos. Seja como for, todos necessitam de condições básicas", defendeu Zambelli.
Os parlamentares afirmam no documento que “a Constituição Federal assegura, em seu artigo 5º, incisos III e XLIX, que, sem exceção, ninguém será submetido a tratamento desumano ou degradante, bem como o respeito à integridade física e moral do preso”.
Os detidos no ginásio foram atores dos atos terroristas cometidos em Brasília. Parte deles foi presa em flagrante durante a invasão às sedes dos Três Poderes. Outra parcela estava no acampamento diante do quartel general do Exército em Brasília, que foi desmontado nesta segunda-feira, 9, após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Casos de supostas má condições entre os detidos estão sendo desmentidos pelas autoridades. Nesta terça, a Polícia Federal (PF) negou a informação de que uma idosa teria morrido no ginásio. O suposto óbito é falso e a fake news havia se espalhado pelas redes sociais na noite desta segunda.
Nas postagens, bolsonaristas ainda adicionaram mais informações falsas, identificando a mulher como “Dona Carmem” e afirmando que ela teria morrido sem atendimento médico adequado.