“O Brasil não vai ceder diante de golpismos”, diz presidente do Senado

13:39 | Jan. 10, 2023

Por: Agência Brasil
Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa ordinária semipresencial. Na ordem do dia, o decreto de intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal. O decreto foi assinado no domingo (8) pelo presidente da República, e tramita em caráter de urgência. Mesa: presidente do Senado Federal, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado (foto: Edilson Rodrigues)

Durante a abertura da sessão extraordinária do Senado, nesta terça-feira (10), convocada para votar a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal, decretada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva no último domingo (8), o presidente da Casa, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), fez um discurso no qual defendeu as instituições brasileiras, a democracia e condenou os atos golpistas.

Pacheco destacou que o que anima pessoas a invadirem e depredarem as sedes dos Três Poderes é a “vontade de tomar de assalto a democracia brasileira”. “Essa motivação, esse ânimo que foi expressado por essa minoria raivosa e selvagem não vão prevalecer”, afirmou Pacheco. O senador acrescentou que os atos de domingo foram criminosos. “Não são excessos de manifestações democráticas, são crimes que precisam ser punidos”, continuou. 

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“O que assistimos domingo não irá se repetir. O Brasil não vai ceder diante de golpismos. A democracia prevalecerá”.

Em outra análise, Pacheco disse ainda que, de relevante, as pessoas que promoveram a depredação em Brasília conseguiram “unir mais as instituições”. “Mais do que nunca, o Poder Legislativo – esta Casa, o Senado Federal – estarão unidos ao Poder Judiciário e ao Poder Executivo, numa união indissolúvel que constitui a República Federativa do Brasil, para poder fazer prevalecer a democracia, e a democracia para sempre”, destacou.

Pacheco avaliou ainda que os atos foram coordenados por uma minoria que será punida. “Essa minoria golpista – e não há outro nome – não irá impor sua vontade por meio da barbárie, da força e de atos criminosos”, disse. “Essa minoria será identificada, um a um, investigada e responsabilizada, assim como seus financiadores, organizadores e agentes públicos dolosamente omissos.”

Sobre os prejuízos no Senado, Rodrigo Pacheco, que interrompeu as férias com a família em Paris e chegou ontem a noite em Brasília, andou pelo Senado para ver o estrago causado pelos invasores. Segundo ele, a Diretoria Geral da Casa está fazendo levantamento e tudo será reparado no menor tempo possível.

O presidente da Casa disse ainda que os custos estão sendo levantados e que não é justo que o povo brasileiro pague essa conta. “Os criminosos deverão pagar essa conta e nós tomaremos todas as providências para que isso aconteça”, ressaltou.

Comissão Externa

Ainda nesta terça-feira uma comissão externa de senadores, será criada para acompanhar junto à Advocacia-Geral do Senado as investigações. Por sugestão do senador Omar Aiziz (PSD-AM), entre os nomes que devem compor o grupo estão os senadores Alessandro Vieira (PSDB-SE) e Fabiano Contarato (PT-ES) que são delegados de carreira.