Ministério dos Direitos Humanos diz monitorar situação de bolsonaristas presos por terrorismo
A pasta no entanto, disse estar alinhada rigoroso tratamento aos golpistas
15:56 | Jan. 10, 2023
O Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC) afirma monitorar a situação dos bolsonaristas detidos após os atos de terrorismo às sedes do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF). A nota surge diante da acusação de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de que uma idosa teria morrido na Academia Nacional da Polícia Federal (PF). A informação foi desmentida pelos órgãos de segurança.
"O MDHC informa que já está em contato com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) a fim de monitorar a situação das pessoas detidas após as arruaças que se deram em Brasília no último domingo (8)", explicou o ministério por meio de nota. O texto afirma ainda que as prisões em flagrante estão sendo lavradas e as pastas irão atuar, em conjunto, na missão de que a legalidade sempre seja observada.
A pasta, no entanto, disse se alinhar à postura do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e dos chefes dos demais Poderes para dar "o mais rigoroso tratamento, nos termos da Lei e da Constituição Federal".
O ministério mencionou que golpistas seriam "violadores de direitos humanos e detratores da cidadania". "A verdadeira defesa dos direitos humanos, portanto, exige o repúdio ao golpismo e à violência promovida por grupos antidemocráticos e orientados pelo fascismo", ressalta a pasta.
Desde a noite da segunda-feira, 9, bolsonaristas divulgam a notícia falsa que uma idosa teria morrido dentro do ginásio da PF. No espaço, os golpistas esperam para prestar depoimento e aguardar transferência para o sistema prisional ou então são liberadas.
De acordo com informações do Ministério da Justiça e Segurança Pública, 1.500 pessoas foram detidas desde domingo. Elas ainda estão sendo ouvidas e caberá ao Judiciário decidir sobre a prisão. A Polícia Civil do Distrito Federal informou que 300 pessoas envolvidas nos atos foram presas em flagrante.
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