Vice de Ibaneis apoiou Bolsonaro e foi alvo de investigação por corrupção
Em 2018, a governadora interina foi eleita deputada federal, e, durante seu mandato, chegou a nomear a ex-mulher de Jair Bolsonaro, Ana Cristina Valle, como sua assessora parlamentarA vice-governadora Celina Leão (PP) assume, nesta segunda-feira, 9, o governo do Distrito Federal, após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinar o afastamento de Ibaneis Rocha do cargo por, inicialmente, 90 dias. A decisão é resultado dos ataques terroristas praticado por bolsonaristas, em Brasília, no domingo, 8.
A governadora interina tem 45 anos, nasceu em Goiânia, capital do estado de Goiás. Começou na política como deputada distrital do DF em 2011. Em 2017, Celina e outros quatro deputados foram alvo da Operação Drácon, do Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT), que investigava ações de corrupção passiva.
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A suspeita era de propina em troca da liberação de R$ 30 milhões em emendas parlamentares para custear serviços de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). As defesas dos réus negaram as acusações à época. A ex-parlamentar chegou a ser afastada da presidência da Câmara Legislativa, no entanto, em 2022, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou a suspensão da ação penal da operação.
Apoio a Bolsonaro
Em 2018, foi eleita deputada federal, e, durante seu mandato, chegou a nomear a ex-mulher de Jair Bolsonaro, Ana Cristina Valle, como sua assessora parlamentar, com um salário líquido de R$ 6.152,94. No ano passado, foi eleita como a vice na chapa de Ibaneis.
Em 2020, a gestora se licenciou do mandato por sete meses e passou a assumiu a Secretaria de Esporte e Lazer do Distrito Federal, no primeiro mandato de Ibaneis. Ela deixou a pasta para participar das eleições para a presidência da Câmara dos Deputados, sendo uma das principais articuladoras da campanha de Arthur Lira (PP-AL).
Celina foi apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante seu mandato e atuou ativamente na campanha de reeleição do ex-capitão. Durante a campanha para as eleições de 2022, ela integrou um comitê feminino ao lado da senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF), da deputada Carla Zambelli (PL-SP) e da então primeira-dama para virar votos a favor de Bolsonaro.
Neste domingo, durante as invasões, Leão fez uma postagem criticando os atos:
Democracia não é a invasão e dilapidação do patrimônio público !! Inadmissível a invasão aos poderes da república.
— Celina Leão (@celinaleao) January 8, 2023