Cid e Tasso assinam para abertura de CPI do Golpe, Girão vai esperar início do legislativo

O Senado que iniciar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os atos antidemocráticos

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os atos golpistas em Brasília no domingo, 8, alcançou o mínimo de assinaturas necessárias para ser protocolada. A bancada cearense foi unânime em apoiar a apuração do caso, mas apenas Cid Gomes (PDT) e Tasso Jereissati (PSDB) assinaram o termo. 

O tucano foi o primeiro a assinar o requerimento, ainda no início da tarde desta segunda-feira, 9. Cid havia adiantado, por meio de assessoria, que iria assinar. Posteriormente, o pedetista confirmou a assinatura e ressaltou que é "preciso" apurar se há financiadores na invasão e depredação de prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF).

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"É preciso investigar se por trás dessa ação de vandalismo há a atuação de uma organização criminosa que patrocina e financia tudo", escreveu em uma rede social.

Outro senador pelo Ceará, Eduardo Girão (Podemos) vai esperar a volta dos trabalhos do Legislativo, em fevereiro. Sob orientação de sua equipe jurídica, ele afirmou que uma CPI agora "não teria efeito legal e prático pois a instalação só poderia ocorrer com os novos parlamentares eleitos". 

"Mas confirmo que pretendo assinar no começo da nova legislatura quando terá a oportunidade de existir, de fato, uma comissão parlamentar de inquérito", pontuou o senador.

Ele reiterou que "atos de vandalismo e violência são inaceitáveis e devem ser devidamente apurados visando identificar e punir exemplarmente os responsáveis".

O pedido é de autoria da senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS) e já tinha apoio de mais de 30 senadores, sendo necessárias, no mínimo, 27 assinaturas. Depois disso, o pedido precisa ser votado e aprovado no plenário do Senado.

Dentre os senadores que assinaram o requerimento estão Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Marcos do Val (Podemos-ES) e Eduardo Braga (MDB-AM), ambos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Nesta terça-feira, a Casa agendou uma sessão para a apreciação de decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que dispõe sobre a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal. O projeto foi aprovado pela Câmara dos Deputados e precisa do aval do Senado para poder ser sancionado pelo chefe do Executivo. 

 


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