Bordadeiras que fizeram roupa de Janja para posse garantem um terço da renda de município nordestino

Grupo de artesãs também participaram da confecção do vestido de casamento de Janja

15:49 | Jan. 06, 2023

Por: Taynara Lima
Janja da Silva e as bordadeiras de Timbaúba dos Batistas. (foto: Ricardo Stuckert)

As bordadeiras responsáveis pelo traje da primeira-dama Janja da Silva na cerimônia de posse, realizada em 1º de janeiro, representam a forma de sustento de um terço do município de Timbaúba dos Batistas (RN), localizado na região de Seridó.

A pequena cidade conta com cerca de 2.400 habitantes e 800 bordadeiras, segundo a Cooperativa das Mãos Artesanais de Timbaúba dos Batistas.

De acordo com informações da ONG Ecoa, o grupo formado por cinco bordadeiras potiguares trabalhou durante um mês e meio - de outubro ao início de dezembro - na produção do bordado que foi estampado na peça. Os materiais utilizados no processo foram palha de junco, peças em capim dourado e capim colonião.

O traje foi criado pelas estilistas Helô Rocha e Camila Pedroza, dupla com quem as bordadeiras trabalham desde 2017. A parceria também esteve presente no vestido de casamento de Janja, que teve como temática o luar do sertão.

Na cerimônia de posse, Janja vestiu um colete, blazer e uma calça na cor champanhe, com bordados de plantas douradas e tecido tingido com caju e ruibarbo.

Além de ficar marcado por valorizar a brasilidade e a sustentabilidade, a roupa inovadora se destacou por ser a primeira vez que uma primeira-dama utilizou peças além de vestido e saia no traje de posse.