Guilherme diz que mudança no secretariado de Sarto revela "administração perdida"

Políticos ficaram divididos entre ver a medida como um movimento natural de gestão ou como parte de um acordo político-administrativo. Isso porque três vereadores que votaram a favor da Taxa do Lixo ganharam cargos

16:16 | Jan. 04, 2023

Por: Filipe Pereira
Guilherme Sampaio (PT), presidente do PT de Fortaleza (foto: Câmara Municipal de Fortaleza/divulgação)

A reforma de secretariado na gestão do prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), movimentou opiniões entre parlamentares. Isso porque o gesto foi visto por alguns como um possível acordo político administrativo após três vereadores que votaram a favor da Taxa do Lixo ganharem cargos.

O vereador Guilherme Sampaio (PT) estranhou as indicações e avaliou a decisão como fruto de uma "administração perdida". "Para mim, o que salta aos olhos são as acomodações políticas feitas pelo prefeito para aprovação da taxa do lixo. A administração parece estar perdida, política e administrativamente", disse o petista.

Na Câmara Municipal, o vereador compõe a bancada de oposição a votação da Taxa do Lixo. Além disso, ele promete continuar atuando contra o projeto do Executivo, que voltará a ser discutido na próxima semana. Em contraposição, Sarto tem manifestado incômodo com as reações adversas ao texto, inclusive por parte do PT. 

Três vereadores da nova equipe votaram a favor da Taxa do Lixo em dezembro do ano passado. Wellington Sabóia (PMB) será o diretor do Departamento Municipal de Proteção e Defesa dos Direitos do Consumidor (Procon), Renan Colares (PDT) se licencia irá para a Regional 6, e Esio Feitosa (PSB) assume a Regional 9.

Para o vereador e líder do PDT na Câmara, Júlio Brizzi, apesar de representar um claro acordo político, a reforma representa um "direito de cada gestor de montar sua equipe que achar melhor". "O prefeito foi eleito para representar o projeto e tem que montar sua equipe, espero que seja para melhorar o serviço para as pessoas da cidade. Pelo que se vê, obviamente teve acordo político, sempre legítimo do processo político", avaliou.