Camilo quer reforçar orçamento das universidades "sucateadas numa visão distorcida"

Camilo assumiu o cargo no Ministério da Educação (MEC), nesta segunda-feira, 2, durante cerimônia em Brasília

17:08 | Jan. 02, 2023

Por: Vítor Magalhães
CAMILO Santana, ministro da Educação (foto: EVARISTO SA / AFP)

O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que irá reforçar o orçamento das universidades e outras instituições públicas de ensino superior no País. Ele assumiu o cargo no Ministério da Educação (MEC), nesta segunda-feira, 2, durante cerimônia em Brasília.

“Se por um lado precisamos de um grande pacto nacional de apoio à educação básica, por outro precisamos fortalecer o ensino superior, tão maltratado nos últimos anos. Para isso, pretendemos reforçar o orçamento das universidades, sucateadas numa visão equivocada, distorcida, de viés ideológico”, afirmou em seu discurso ao assumir a pasta.

De acordo com o novo ministro, a universidade deve ser um espaço democrático e que estimule as diferentes competências dos grupos que a ocupam. Ele prometeu iniciar um “diálogo permanente” com representantes de universidades, institutos, estados e municípios para construção do novo Plano Nacional da Educação.

Segundo informou, a ideia é que este novo plano seja um “projeto de estado e não um projeto de governo" que fomente um sistema nacional de educação com visão integrada Para isso, Santana lembrou que precisará de apoio de parlamentares no Congresso Nacional.

Durante o discurso no MEC, Santana criticou a condução da pasta pela administração do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mencionou uma frase do educador e filósofo brasileiro Paulo Freire, alvo de ataques sistemáticos do governo Bolsonaro.

Em dezembro do ano passado, o Governo Federal chegou a bloquear verbas das universidades e institutos federais, seis horas após ter liberado o valor no orçamento do Ministério da Educação (MEC). Instituições de Ensino Superior de todo o Brasil manifestaram preocupação com a continuidade de suas atividades devido à suspensões ou cortes em verbas federais que já estavam previstas.