Grupo de Luizianne emplaca duas secretarias no governo Elmano
Waldemir Catanho será secretário de Articulação Política e Mitchelle Meira comandará pasta da Cidadania e Diversidade
09:59 | Dez. 31, 2022
O governador eleito Elmano de Freitas (PT) finalizou nesta sexta-feira, 30, a menos de dois dias da posse, a formação do secretariado que o ajudará a comandar o estado a partir de 1º de janeiro. Dos nove últimos nomes anunciados - de um total de 32 - dois chamam atenção: Waldemir Catanho e Mitchelle Meira, ambos do PT e ligados à ex-prefeita e deputada federal Luizianne Lins (PT).
O primeiro ficará à frente da Secretaria de Articulação Política, uma das áreas do chamado "núcleo duro" do governo. Catanho foi braço direito de Luizianne nas duas gestões à frente da Prefeitura de Fortaleza (2005-2012), ocupando a chefia de gabinete e, posteriormente, a Secretaria de Governo.
Nas eleições de outubro, ele chegou a ser cotado para disputar uma vaga na Assembleia Legislativa, mas após acordo entre Luizianne e Elmano, ficou de fora, abrindo espaço para Manuel Missias Bezerra, o Missias do MST, que acabou sendo eleito. Poucos dias após a vitória em primeiro turno, Elmano garantiu que Catanho teria espaço no seu governo.
Já Mitchelle Meira comandará nova pasta criada por Elmano, a da Cidadania e Diversidade. Assim como Catanho, a petista também fez parte das gestões Luizianne. Foi coordenadora municipal da política LGBT de Fortaleza, além de ter longa trajetória de militância ao lado da petista, ocupando cargos de assessoria em seus mandatos parlamentares.
Vale ressaltar que o próprio Elmano tem forte ligação política com Luizianne. Foi coordenador do Orçamento Participativo e, posteriormente, secretário municipal de Educação. Concorreu à Prefeitura de Fortaleza em 2012, com apoio da petista, mas acabou sendo derrotado em segundo turno por Roberto Cláudio (PDT). Em 2016, disputou mais uma vez o comando do Palácio do Bispo, agora como vice de Luizianne, ficando em terceiro lugar. A petista, inclusive, foi pré-candidata ao Palácio da Abolição, abrindo mão da disputa após o ex-governador Camilo Santana (PT) anunciar que Elmano seria candidato.