Sarto diz que Taxa do Lixo não é ideológica: "Psol fez em Belém"

Prefeito fez críticas indiretas a bancadas do PT e do Psol na Câmara Municipal, hoje contrárias à cobrança

O prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), defendeu nesta sexta-feira, 30, a aprovação da nova Taxa do Lixo do município. Em recado indireto a vereadores do PT e Psol, que são críticos à cobrança, o pedetista destacou que a medida "não é de direita" e que já foi instituída em administrações de esquerda em outras capitais do Brasil.

"Essa não é uma discussão ideológica. A prefeitura do Psol em Belém cobra a Taxa do Lixo. Por que não extinguiu? Porque é necessário. Se fosse ideologicamente, se a Taxa do Lixo é de direita, então o Psol tinha que extinguir lá", disse, em entrevista à rádio O POVO/CBN em referência ao prefeito da capital paraense, Edmilson Rodrigues.

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A nova Taxa do Lixo de Fortaleza foi aprovada pela Câmara Municipal em 20 de dezembro. Vereadores da oposição, no entanto, obstruíram votação de uma emenda que criaria uma série de isenções para a cobrança da proposta. Entre os vereadores contrários à medida, estão os dois parlamentares do PT e os dois do Psol.

Agora, a Prefeitura tenta convocar uma sessão extraordinária do Legislativo ainda para o início de janeiro, com o objetivo de votar a emenda das isenções. Segundo José Sarto, não há intenção da gestão de iniciar a cobrança da Taxa do Lixo sem a aprovação dos isentos.

"(Estamos) ponderando para os vereadores que agora só vai votar a isenção. Eu não vou cobrar de gente que não tem condição contributiva. A Prefeitura vai cobrar de quem tem condição para ajudar a limpar a cidade, parques, micro parques", afirma.

Inicialmente, a Prefeitura de Fortaleza apresentou proposta que previa isenção de até 30% da população para a cobrança da medida. A mensagem, no entanto, acabou sofrendo forte resistência do Legislativo, que acabou articulando emendas ampliando a faixa de isenção para até 70%. Ainda assim, a matéria ainda precisou de intensa articulação do Executivo para ser aprovada, incluindo a realização de uma "dança das cadeiras" na Câmara, com entrada e saída de suplentes para a votação, e acusações de exonerações de servidores comissionados. A vitória do governo foi apertado: 20 votos a favor da medida e 18 contrários. 

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