Reestruturação de universidades estará entre primeiras ações de Camilo no MEC, diz Izolda

A futura secretária-executiva do MEC afirmou ainda que questões relacionadas à meta e resultados dependem de uma continuidade e comprometimento dos envolvidos na gestão da educação no País

A governadora do Ceará e futura secretária-executiva do Ministério da Educação (MEC), Izolda Cela (sem partido), afirmou que a reestruturação das condições de gestão das Instituições de Ensino Superior (IES) no Brasil estará entre as primeiras ações da nova gestão, comandada pelo futuro ministro Camilo Santana (PT) e por ela a partir de 2023. 

Cela tratou a questão como um desafio, devido ao que considera "ataques" da atual administração federal às instituições. “Penso que os desafios relacionados à reestruturação e à recomposição das condições de gestão das universidades e da rede de Institutos Federais estará na primeira linha de agenda e de atenção do ministro. Sabemos bem dos verdadeiros ataques à educação, até incompreensíveis para mim", comentou em entrevista às rádios O POVO CBN e CBN Cariri nesta quinta-feira, 29.

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Demonstrando disposição ao diálogo e ressaltando que Camilo deverá se reunir com reitores e dirigentes logo nos primeiros dias, a futura secretária alertou que o trabalho deve requerer compreensão por parte das comunidades acadêmicas e demais envolvidos.

“Lidaremos com a realidade, e são desafios importantes relacionados ao equilíbrio fiscal. Isso vai exigir compreensão e sacrifício da parte de todos. Não podemos esperar que saia um governo e, pronto, estamos no paraíso. Claro que não. Mas diálogo, respeito, participação e engajamento isso aí, com certeza, vocês podem esperar”, pontuou.

Para Izolda, a reestruturação do orçamento das IES está em uma lista de temas que podem ser resolvidas no “curtíssimo prazo”, como as questões vinculadas à alimentação escolar. Já temáticas relacionadas a metas e resultados dependem de uma continuidade e de comprometimento.

A gente não pode deixar o tempo da política atrapalhar o tempo da realidade e da transformação. Senão a gente faz de conta e vira pó. Os programas, especialmente os que envolvem transformações mais complexas, precisam de tempo de gestação e elaboração sob pena de a gente não conseguir chegar a lugar nenhum”, concluiu.

Izolda deixa o comando do governo do Ceará no próximo dia 1° de janeiro, para dar lugar ao governador eleito Elmano de Freitas (PT). Esta semana, a gestora cearense afirmou ainda que não pretende se filiar a partidos políticos em um futuro próximo e que está focada em desempenhar o trabalho no MEC.

 

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