Após pedido da Justiça, deputada Carla Zambelli entrega arma

Na véspera do segundo turno das eleições presidenciais, Carla Zambelli sacou uma arma e perseguiu um homem em São Paulo

A deputada Carla Zambelli (PL-SP) cumpriu determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) e entregou, por meio de um intermediário, nesta quarta-feira, 28, sua pistola à Polícia Federal de São Paulo. A informação foi confirmada pelo G1 e pelo O Globo.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) apontou a possibilidade de crime na conduta de Zambelli por ter apontado uma arma para pessoas em São Paulo, na véspera do segundo turno da eleição. Por isso, o ministro Gilmar Mendes, no último dia 20, emitiu determinação para que a parlamentar entregasse o artefato.

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Gilmar afirmou que há indícios de uso da arma "para além dos limites da autorização de legítima defesa". Na decisão, o ministro suspendeu a autorização de porte de arma da deputada e tinha colocado o prazo de 48 horas para que ela entregasse a arma.

Na época, em manifestação ao STF, a defesa de Carla Zambelli informou que a parlamentar estava no exterior, “cumprindo missão oficial da Câmara dos Deputados”, e que só poderia cumprir qualquer tipo de medida cautelar após o retorno ao país. A defesa também argumentou que a deputada teria sofrido ameaças, o que justificaria o saque da arma.

Relembre o caso

Na véspera do segundo turno das eleições presidenciais, Carla Zambelli sacou uma arma e perseguiu um homem em São Paulo. O crítico da parlamentar chegou a ser encurralado por apoiadores da deputada em uma lanchonete, mas foi liberado pouco depois. Zambelli descumpriu resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que proibia o transporte de armas nos fins de semana da eleição.

Em perfil oficial do Instagram, a parlamentar publicou um vídeo em que aparecia ao lado de policiais e afirmou ter sido atacada. Ela relata ter feito Boletim de Ocorrência (BO). “Fui agredida agora pouco. Me empurraram no chão, um homem negro. Eles usaram um negro para vir em cima de mim, eram vários”, conta. Na publicação, a parlamentar afirmou que foi cuspida, xingada e derrubada no chão.

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