Equipe de Lula avalia ampliar segurança da posse após ameaça de atentado

A defesa do uso de um carro blindado, por exemplo, ganha força com a prisão de um bolsonarista que deixou uma bomba perto do Aeroporto Internacional de Brasília.

12:51 | Dez. 27, 2022

Por: Filipe Pereira
Lula ao anunciar os nomes dos primeiros ministros da sua equipe (foto: Reprodução/Redes Sociais)

O esquema de segurança para a posse do presidente eleito Lula (PT), no dia 1º de janeiro, será revisto, após a polícia prender um empresário bolsonarista suspeito de tentar explodir um caminhão de combustível em Brasília. A afirmação foi feita pelo futuro ministro da Justiça, Flavio Dino. 

O governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), Flávio Dino e o futuro ministro da Defesa, José Múcio, reúnem-se nesta terça-feira. 27. para discutir o esquema de segurança na Esplanada durante a posse.

“A posse do presidente Lula ocorrerá em paz. Todos os procedimentos serão reavaliados, visando ao fortalecimento da segurança. E o combate aos terroristas e arruaceiros será intensificado. A democracia venceu e vencerá”, afirmou Dino, nas redes sociais. 

A posse do presidente Lula ocorrerá em paz. Todos os procedimentos serão reavaliados, visando ao fortalecimento da segurança. E o combate aos terroristas e arruaceiros será intensificado. A democracia venceu e vencerá.

— Flávio Dino  (@FlavioDino) December 25, 2022

A equipe de segurança do presidente eleito estuda que o petista não desfile em carro aberto no dia da posse, a menos de uma semana. O assunto foi tema de uma reunião na tarde desta segunda-feira, segundo O Globo.

Lula estaria disposto a manter a tradição, mas sua segurança avalia que o cenário com a bomba influencia a organização do cronograma. Pessoas do entorno do presidente leito, conforme o jornal, também resistiria em mudar para um carro fechado. A defesa do uso de um carro blindado ganha força com a prisão de um bolsonarista que deixou uma bomba perto do Aeroporto Internacional de Brasília.

Embora não tenha assumido oficialmente o cargo, Dino acompanha de perto os desdobramentos da bomba localizada, supostamente fabricada pelo empresário paraense George Washington de Oliveira Sousa, de 54 ano. Ele admitiu ser apoiador do presidente Jair Bolsonaro e pretendia causar "tumulto" para chamar atenção para sua causa. O acusado teve prisão preventiva decretada nesta segunda.

Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, as decisões serão avaliadas de acordo com a situação de animosidade política e eventuais riscos mapeados no dia. Também será levado em consideração as condições climáticas, uma vez que há previsão de chuva em Brasília para o dia.

Outra questão, segundo o jornal, é a participação ou não de Lula em algum show que ocorrerá na Esplanada dos Ministérios. Além da preocupação com a segurança do petista, também é levado em conta que isso poderá atrasar outros compromissos previstos da posse.