Imagens de câmeras de segurança mostram PM sem atuação ativa durante atos violentos

Ação dos agentes recebeu críticas após ninguém ter sido preso durante os ataques

14:12 | Dez. 21, 2022

Imagens de câmera de segurança mostram atuação da PM durante vandalismo realizado por bolsonaristas. (foto: Captura de tela)

Em imagens registradas por câmeras da Secretaria de Segurança do Distrito Federal (SSP-DF), é possível ver a ação dos bolsonaristas que realizaram atos de vandalismo em Brasília, no último dia 12 de dezembro, sem a atuação ativa da Polícia Militar (PM) em impedir a multidão. 

No último dia 12 de dezembro, apoiadores do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) promoveram uma onda de violência em Brasília. Durantes os atos, veículos foram incendiados e prédios públicos e privados foram depredados.

Motivados pela derrota do atual mandatário nas eleições e a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no pleito eleitoral, os atos também foram incitados após a determinação do ministro Alexandre de Moraes de prisão temporária do indígena bolsonarista Tserere Xavante.

Em vídeo obtido pelo site Metrópoles, é possível ver as imagens capturadas dos principais pontos que foram alvo dos ataques, incluindo a sede da Polícia Federal.

Na gravação, os vândalos empurram um ônibus ladeira abaixo no Eixo Monumental e, logo após a ação, viaturas da PM passam sem abordar as pessoas. Os policiais, então, correm em direção ao veículo e, mesmo próximo aos suspeitos, que chegam a filmar a situação, nenhuma abordagem ou prisão é realizada.

Em outra imagem, viaturas policiais também passam ao lado de um posto de gasolina que foi depredado por bolsonaristas e os agentes apenas voltam ao local após frentistas pedirem ajuda. 

Em cenas que ocorreram próximo ao prédio da Polícia Federal, a PM e os vândalos entraram em confronto, inclusive com o uso de spray de pimenta e bombas de efeito moral para dispersar a multidão. Mesmo com a situação ainda fora de controle, os agentes entram nas viaturas estacionadas e deixam o local.

As investigações sobre a depredação seguem em andamento e, até o momento, nenhum responsável pelos crimes foi preso.