Roberto Cláudio defende que PDT seja "oposição construtiva" ao governo Elmano
Mesmo tendo perdido a eleição para o Governo do Ceará, o ex-prefeito tem força dentro do partidoO ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT) quer que os pedetistas fiquem de fora do governo de Elmano Freitas (PT) para desempenhar uma oposição "construtiva" e "responsável". O desejo é seguido também por uma ala do PDT que deixou clara a posição em reunião interna da legenda na quinta-feira, 15. Nesta sexta, a legenda se reuniu com o governador eleito para conversar sobre uma possível reaproximação entre os partidos.
"O governador veio aqui, compartilhou o seu sentimento, ouvimos, devemos ter uma nova reunião segunda-feira e eu vou continuar perseverando, porque creio que a tese (de fazer oposição) é melhor pra democracia cearense, melhor pro povo do estado do Ceará e também importante para o nosso partido", disse Roberto Cláudio.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
Segundo ele, seria o melhor para o Estado que o papel que caberia ao PDT seria de "exercer uma oposição construtiva, propositiva, responsável". O ex-prefeito acredita que seria "importante" para o partido manter independência, mesmo que os integrantes façam "parte de um campo político muito semelhante".
"A gente (o PDT) tem que estar unido em torno de ideais, em torno de coerência, em torno de posicionamento ,e por isso mesmo é que eu tenho defendido essa postura do PDT internamente", afirmou.
A legenda ainda não decidiu o posicionamento oficial e deve realizar, na próxima semana, outras reuniões para fechar em acordo. O prolongamento dos debates tem afetado a montagem do secretariado de Elmano. Roberto Cláudio ressaltou que o partido não fez indicações ou pedidos por pastas porque ainda não decidiu se vai fazer parte da base.
Mesmo tendo perdido a eleição para o Governo do Ceará, o ex-prefeito tem força dentro do partido e é seguido por alguns parlamentares na Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor) e até na Assembleia Legislativa (AL-CE). Roberto Cláudio foi um dos personagens envolvidos no racha entre PT e PDT, já que foi escolhido, dentro do PDT, para disputar o Palácio da Abolição.
Sua candidatura foi apoiada pelo ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e pelo presidente nacional do partido, Carlos Lupi (PDT). Do outro lado, o senador eleito Camilo Santana (PT) queria que a governadora Izolda Cela (sem partido) fosse candidata à reeleição, o que não aconteceu. O PT decidiu então lançar Elmano Freitas na disputa, sendo eleito no primeiro turno.