Presidente do PDT Ceará diz que "não tem ilusão" de aliança com o PT em Fortaleza para 2024

André Figueiredo disse que o governador eleito Elmano de Freitas se comprometeu em, administrativamente, apoiar Sarto. Mas, sem apoio político para 2024

22:01 | Dez. 16, 2022

Por: Júlia Duarte
André Figueiredo faz parte da comissão do PDT que deve decidir se o PDT fará parte do governo (foto: Carlos Holanda / O POVO)

O presidente do PDT no Ceará, deputado federal André Figueiredo, afirma que não há "ilusão" de que seja possível aliança entre pedetistas e petistas na candidatura para a Prefeitura de Fortaleza em 2024. Mesmo que tenha mantido aliança durante 16 anos no Governo do Estado, os grupos estão em lados opostos na disputa municipal desde 2012.

"Isso foi falado para Elmano (de Freitas, governador eleito, do PT), ele garantiu apoio administrativo ao (prefeito José) Sarto, mas nós não temos ilusão de que isso possa levar até 2024 em uma candidatura única. Em 2016 e 2020, lançaram candidaturas legítimas, mas o apoio administrativo Elmano garantiu", afirmou o deputado.

Uma comissão de pedetistas se reuniu nesta sexta-feira, 16, com o governador eleito Elmano de Freitas para discutir a possível entrada do partido na base do novo governo. O petista falou em garantir apoio administrativo, mas Sarto cobra apoio do PT na Câmara Municipal. O gestor deixou claro que acha "contraditório" que o partido apoie o governo de Elmano, e ele não ter de volta o apoio do PT no âmbito municipal.

"Eu defendo é a lógica", reforçou o prefeito. Em Fortaleza, Sarto viu uma vitória com eleição do líder de seu governo, o vereador Gardel Rolim (PDT), para presidente da Câmara por unanimidade. O PT no Município defende ser oposição "construtiva", com uma visão crítica da gestão do pedetista. O atrito mais recente é a Taxa do Lixo, que tramita no Poder Legislativo. Os vereadores do PT têm feito forte oposição à medida e pedindo que o Sarto retire o projeto.

PT e PDT romperam aliança nas eleições deste ano.O PDT preferiu o nome do ex-prefeito Roberto Cláudio (PDT) em vez da governadora Izolda Cela (sem partido). Ela decidiu deixar a sigla e o PT oficializou a candidatura de Elmano de Freitas, que foi eleito no primeiro turno.