Queiroga diz alegação de que programa de imunizações foi destruído é "conversa fiada"
Há algumas semanas, integrantes do Grupo de Trabalho (GT) de Saúde, da equipe de transição de Lula (PT), afirmaram que a atual gestão teria destruído as bases do programa de imunização
16:04 | Dez. 15, 2022
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, criticou as alegações de que o Programa Nacional de Imunizações (PNI) teria sido destruído durante os anos da gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL). A declaração foi dada nesta quinta-feira, 15, durante a inauguração da nova sede da Superintendência Estadual do Ministério da Saúde, em Fortaleza.
Durante a fala no evento, o ministro destacou ações da pasta para alocar recursos na compra de vacinas tanto para combater a Covid-19, quanto para outras doenças. “Essa narrativa de que o Programa Nacional de Imunização está destruído não passa de conversa fiada. De conversa mole de quem quer enganar o povo brasileiro”, declarou Queiroga.
Há algumas semanas, integrantes do Grupo de Trabalho (GT) de Saúde, da equipe de transição do presidente eleito Lula (PT), afirmaram que a atual gestão teria destruído as bases do PNI. "O atual governo conseguiu praticamente destruir um esforço de quatro décadas e meia em um programa que se transformou em um modelo internacional", disse o ex-ministro Arthur Chioro, que atualmente coordena os trabalhos do GT de Saúde.
O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) anunciou, neste mês, a intenção de realizar uma ampla campanha de vacinação no Brasil, a partir do início do ano que vem, para reforçar a imunização.
Durante o evento desta quinta-feira, Queiroga reforçou a importância do Sistema Único de Saúde (SUS) e a relação entre o governo federal e o sistema. “Nossa Superintendência (no Ceará) está junto com a Receita Federal (no mesmo edifício). Isso simboliza claramente que os recursos para financiar o SUS vem dos impostos do povo. Esses impostos têm que ser aplicados de maneira apropriada”, defendeu.
Em tom político, Queiroga pediu que a população seja vigilante. “Queremos eficiência na alocação de recursos. Não queremos corrupção sistêmica, que mata mais que o vírus e que as doenças do coração e o câncer. Temos que nos vacinar contra a corrupção. Como fazemos isso? Um dos pontos é ocupar cargos com técnicos qualificados. O Ministério da Saúde não é palco ou objeto para loteamento político e angariar apoios”, concluiu.
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