Moraes arquiva ação que acusava Michelle Bolsonaro de financiar invasão na PF
Alexandre de Moraes entendeu que não há indício "real" de Michelle esteja envolvida na ação
18:38 | Dez. 15, 2022
Foi arquivada a ação do senador Randolfe Rodrigues (Rede AP) que acusava a primeira-dama Michelle Bolsonaro de financiar atos antidemocráticos. No documento, o senador apontava que Michelle seria uma das financiadoras a ação de bolsonaristas que tentaram invadir a sede da Polícia Federal, na segunda-feira, 12.
O parlamentar justificava o início de uma investigação pela primeira-dama ter supostamente fornecido alimentação aos manifestantes. Segundo o parlamentar, ação teria cunho simbólico. "Possui muito mais uma conotação simbólica de apoio político aos atos antidemocráticos do que propriamente um suporte material ao seu estabelecimento", diz a ação do senador.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, entendeu que não há indício "real" de Michelle esteja envolvida na ação. Para o relator, a representação carece de elementos indiciários mínimos, não se verificando justa causa para instaurar a investigação.
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"Dessa maneira, na presente hipótese a representação em face de Michelle Bolsonaro carece de elementos indiciários mínimos, restando patente a ausência de justa causa para a instauração da
investigação, sendo, portanto, necessário seu imediato arquivamento", disse o magistrado na decisão.
A ação do senador também pedia que fosse determinada a apuração das circunstâncias dos atos de violência provocadas pelos bolsonaristas. No entanto, o ministro destacou já existem outras ações no Supremo que investigam as ações. Entre elas, uma decisão do próprio Alexandre de Moraes para que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, e o governador do Distrito Federal, Ibanes Rocha (MDB) informem, no prazo de 48 horas, as medidas tomadas pelas forças de segurança em relação ao episódio.