Izolda sobre resistência do PT a ela no MEC: "Talvez eles que tenham de explicar melhor"

O PT pressiona para que o MEC seja liderado por um filiado ao partido

20:50 | Dez. 15, 2022

Por: Júlia Duarte
 Governadora Izolda Cela tem nome cotado para assumir o MEC, mas perdeu força nos bastidores (foto: THAÍS MESQUITA)

A governadora Izolda Cela (sem partido) acredita que o PT precisa “explicar melhor” a resistência a ela para assumir o Ministério da Educação (MEC) no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Izolda é cotada para a pasta, mas a legenda está pressionando para que um petista assuma a titularidade. A maior probabilidade é que seja escolhido o senador eleito e ex-governador Camilo Santana (PT).

Izolda foi perguntada sobre a resistência do partido a ela e respondeu: “Talvez eles que tenham que se explicar melhor isso aí". A governadora era filiada ao PDT, mas deixou a legenda quando foi preterida na corrida ao governo do Ceará. Com apoio do ex-ministro Ciro Gomes (PDT), o e-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, foi a escolha do partido para a disputa. 

Ela, Camilo e o líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes (MG), são citados para assumir o MEC. Em evento nesta quinta-feira, 15, a governadora ressaltou que não quer antecipar questões relacionadas a cargos e disse não ter uma "preferência pessoal” pelo MEC. A fala ocorreu em evento de entrega do Sistema de Integração e Gestão de Informações de Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar (SIGIM), que integra a base de dados relacionados ao atendimento de mulheres em situação de violência.

Convite foi feito formalmente ao ex-governador por Lula. Camilo, no entanto, havia sido inicialmente contra, por preferir uma pasta como a de Cidades ou de Desenvolvimento Regional. Os ministérios já são alvo de disputa de partidos como MDB, PSD, PSB, União Brasil, bem como pelo deputado eleito Guilherme Boulos (Psol-SP). Isso teria "esfriado" o nome de Izolda frente ao nome de Camilo.

“Não, desejo pessoal mesmo não. Eu não coloco essa questão nesses termos. Eu vejo que nós temos composições que envolvem lugares e composições de equipes que terão responsabilidades. Eu penso que elas exigem elementos de outra ordem também, de oposição e tudo”, disse Izolda.