Júlio Brizzi acusa PDT de "perseguição" e ameaça de expulsão do partido

Nos últimos dias, o vereador vem criticando o fato de que algumas matérias de origem do Poder Executivo terem chegado na Câmara Municipal em regime de urgência, sem tempo hábil para discussão dos vereadores, como a taxa do lixo

O vereador Júlio Brizzi, líder do PDT na Câmara Municipal de Fortaleza, iniciou seu pronciamento no plenário da Casa nesta quarta-feira, 14, com criticas ao seu partido. Isso porque correligionários vêm defendendo o projeto de lei que institui a Taxa do Lixo na capital, enviada pelo prefeito José Sarto (PDT). Durante a manhã, parlamentares, movimentos sociais e representantes sindicais realizaram uma frente de oposição ao texto

Contrário à medida, o pedetista citou uma matéria de um blog que cita sua eventual expulsão da legenda para denunciar uma possível ameaça e perseguição da sigla. "Hoje num blog aqui de política da cidade a notícia que tem é que 'Júlio Brizzi pode ser expulso do PDT'. Muitas vezes quem está na política sabe a quantidade de pressão, de ameaça e de situações como essa que com certeza, se está lá, ou alguém pediu para colocar ou alguém falou que isso pode acontecer. muito me entristece", afirmou.

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Nos últimos dias, o vereador vem criticando não somente a Taxa do Lixo, mas o fato de que algumas matérias de origem do Poder Executivo têm chegado na Câmara Municipal em regime de urgência, sem tempo hábil para discussão e conhecimento dos vereadores sobre o conteúdo de determinados projetos. Brizzi tem repetido diversas vezes seu descontentamento com tais atos da gestão nas sessões ordinárias. 

De acordo com o pedetista, sua filiação ao PDT se deu por acreditar nas causas do partido que, segundo ele, foram enfraquecidas com o apoio da sigla ao projeto de taxação do lixo em Fortaleza. Ele lembrou que a mesma proposta contou com a oposição da legenda na época em que foi sugerida pela gestão de Juraci Magalhães.   

"Entrei no PDT por acreditar nas causas do partido, por acreditar na história do Brizola, da escola em tempo integral, do Darci Ribeiro, da emancipação do povo brasileiro, por ser contra o golpe militar e a ditadura. (...) Me filiei por convicção, por acreditar nas bandeiras e fiz isso aqui. Muitas vezes até sendo julgado e não entendido por alguns colegas e eu compreendo a dinâmica política", iniciou o vereador.

O parlamentar continuou: "Eu não me filiei ao PMDB dos anos noventa. Com todo respeito a quem fez parte daquela época e da história dessa cidade, mas aquela época passou, a gente está em 2022, e foi nesse PDT de bandeiras e de lutas, esse mesmo PDT que nos anos 90 e nos anos 2000 foi contra a Taxa do Lixo. Àquela época, inclusive, parlamentares que hoje estão no PDT foram contra a Taxa do Lixo". 

O pedetista reforçou achar coerente que, em nome da liderança do partido, deve permanecer contra o projeto do Executivo. "Entendo a dinâmica política e em nenhum momento faço esse trabalho antigo da política velha de perseguir, de pressionar, de chantagear, de querer excluir e isolar. Não faço isso e venho discutir sempre aqui as pautas e o mérito", finalizou. 

A reportagem tentou contato com o ex-prefeito Roberto Cláudio (PDT), também presidente do PDT em Fortaleza, para tratar sobre as acusações do vereador, porém, não obteve retorno. 

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