Roseno critica permanência de Mauro Albuquerque na SAP: "Há expectativa de mudança"
Titular da SAP desde o início do segundo mandato de Camilo Santana (PT), Albuquerque é cotado para seguir no posto no governo de Elmano FreitasDeputado estadual e presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE), Renato Roseno (Psol) defendeu mudança no comando da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), hoje a cargo de Mauro Albuquerque.
“Essa (mudança na SAP) é a grande expectativa do movimento de direitos humanos, de que se avance e mude para afirmação dos direitos humanos no Ceará”, declarou o parlamentar durante evento de entrega da premiação Frei Tito de Alencar, nessa segunda-feira, 12.
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Titular da SAP desde o início do segundo mandato de Camilo Santana (PT), Albuquerque é cotado para seguir no posto no governo de Elmano Freitas, eleito para o Abolição em 2022.
Roseno, porém, defende que a SAP altere o paradigma implantado com a chegada do secretário, considerado de linha dura e alvo de acusação de violações de direitos dos presos nas unidades cearenses.
“Não é só uma questão de pessoas”, reiterou o deputado, acrescentando que não basta apenas trocar o gestor da área, mas modificar o modelo adotado.
Durante a campanha eleitoral deste ano, o Psol integrou o bloco de partidos que deram apoio à candidatura de Elmano. O petista venceu, ainda no primeiro turno, Capitão Wagner (União Brasil) e Roberto Cláudio (PDT).
Até agora, Elmano não antecipou qualquer nome de seu secretariado, salvo Fernanda Pacobahyba (Fazenda), que deve permanecer na função.
Outros quadros da atual gestão, porém, podem continuar, a exemplo de Albuquerque. Entre governistas, há o temor de que uma saída do secretário possa causar instabilidade nos presídios, abrindo uma crise logo no começo do governo de Elmano.
A continuidade do auxiliar se justificaria também, conforme interlocutores, porque Elmano dá sequência às experiências de Camilo e, depois dele, Izolda Cela, que assumiu quando o petista deixou o Executivo para concorrer ao Senado.
Com expertise em segurança em outros estados do Nordeste, Albuquerque desempenhava o mesmo papel no Rio Grande do Norte quando foi convidado para assumir a SAP no Ceará.
De lá para cá, manteve controle das unidades, antes sacudidas por ações internas estimuladas por facções.