Quem é Rui Costa, ministro da Casa Civil de Lula

O petista indicou primeiros integrantes da sua equipe para acelerar o processo de transição em áreas sensíveis como Economia, Defesa e Segurança Pública

16:18 | Dez. 09, 2022

Por: Filipe Pereira
Rui Costa é o ministro da Casa Civil (foto: Divulgação/PT)

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciou nesta sexta-feira, 9, os nomes de cinco ministros do próximo governo. Lula fez as nomeações para os Ministérios da Fazenda, Justiça, Casa Civil, Relações Exteriores e Defesa. Conheça Rui Costa, novo representante da Casa Civil:

Rui Costa - Ministro da Fazenda

Nascido em Salvador, capital da Bahia, no dia 18 de janeiro de 1963, o economista Rui Costa dos Santos é filho do metalúrgico Cloves dos Santos e da dona de casa Maria Luzia Costa dos Santos. Ele Rui foi o segundo filho, tendo um irmão mais velho, Robson, e dois mais novos, Roberval e Rosemeire. A família morava na Rua Major Cunha Matos, uma transversal da Ladeira do São Domingos, entre a Liberdade e a Baixa do Fiscal.

Doceira de mão cheia, dona Luzia confeitava bolos de festa para ajudar no orçamento da família, em parceria com amigas como Dilza Moinhos, madrinha de Rui. Cursou o ginásio no Colégio Estadual Luiz Tarquínio, na Boa Viagem. Depois veio o período da Escola Técnica Federal da Bahia (ETFBa, hoje IFBA), onde Rui fez o curso técnico de Instrumentação Industrial.

Em 1983, no auge da efervescência sindical, Rui passou no vestibular da UFBA para Ciências Sociais. Na fábrica, o chefe aceitou um regime especial no qual ele trabalhava todos os dias até as 22 horas e compensava o resto nos sábados e domingos. Após a demissão em 1985, abandonou o curso, dada a incompatibilidade de horário. Em 1993, passou no vestibular da UFBA para o curso de Economia, no qual é graduado.

Rui Costa filiou-se ao Partido dos Trabalhadores (PT) em 1982, passando a trabalhar na construção de diretórios na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Em 2000, disputou para a Câmara Municipal de Salvador e recebeu 5.835 votos (inicialmente como suplente). Em 2004, foi o vereador mais votado do PT, reeleito com 8.901 votos.

Na Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização da Câmara Municipal, teve atuação relevante em assuntos como a MP da empregada doméstica, indicação que hoje é Lei federal assinada por Lula; na indicação que resultou na Lei Municipal nº 6914/05, de estímulo à geração de empregos na área cultural.

Em 2006, foi candidato a deputado federal e recebeu 38.020 votos, mas ficou apenas como suplente, não sendo eleito. Em 2007, foi convidado a assumir a Secretaria de Relações Institucionais da Bahia (Serin), no primeiro governo Wagner.

Em 2010, foi eleito o deputado federal mais votado do PT Bahia, com 212.157 votos, em 398 municípios baianos (dos 417). A 54ª Legislatura vai até 2014. Em 2011, primeiro ano de mandato foi membro titular na Comissão Mista de Orçamento e na Comissão de Finanças e suplente na Comissão de Educação e da Comissão Especial da DRU, que visava à desvinculação de receitas da União. Também foi coordenador do Núcleo de Finanças do PT.

Foi indicado pela bancada federal do PT para ser o relator da área de saúde, quando preparou e votou o orçamento para o ano de 2012. Em janeiro de 2012, licenciou-se para assumir a chefia da Casa Civil da Bahia (no dia 5 de janeiro), no segundo governo Wagner.

Em 29 de novembro de 2013, o Partido dos Trabalhadores anuncia o nome de Rui Costa para disputar as eleições de 2014 ao Governo do Estado. Uma decisão aprovada por unanimidade pelo Diretório Estadual. Em 5 de outubro de 2014, Rui Costa é eleito governador da Bahia, no primeiro turno das eleições, com 3,5 milhões de votos. Em 2018, com 76% dos votos, Rui foi reeleito no primeiro turno e se tornou o governador da Bahia eleito com o maior percentual da história do estado.

Devido a acordos locais, desistiu de disputar uma vaga ao Senado nas eleições de 2022, mas foi fundamental na vitória de seu sucessor, Jerônimo Rodrigues (PT). Jerônimo derrotou o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil), tido no início do pleito como o favorito.