Com gestão Bolsonaro perto do fim, aumenta em 2 mil por dia venda de armas para CACs

Mais de duas mil armas foram registradas por CACs por dia, em média, entre setembro e novembro deste ano

Pessoas com certificados de Caçadores, Atiradores e Colecionadores (CACs) estão aproveitando a reta final da gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL) para aumentar a compra de armas de fogo. O movimento acontece porque o atual chefe do Planalto flexibilizou as leis para compra e porte de armas, enquanto seu sucessor, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já promete não fazer o mesmo e investir no desarmamento. 

De acordo com informações do portal Uol, mais de duas mil armas foram registradas por CACs por dia, em média, entre setembro e novembro deste ano, mais do que dobrando o número mensal de janeiro a agosto, que não chegava a 870 registros diários.

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O dado é um indício de que estes atiradores estão aproveitando o fim do governo Bolsonaro para os registros. 

Para se ter uma ideia do aumento no registro das armas, a média mensal deste ano, entre janeiro e agosto, era de 26 mil. Nos últimos três meses, porém, chegou a 61,4 mil.

De janeiro a novembro, foram registradas 391,3 mil armas de fogo no país, chegando a um número total no Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (Sigma) de 1.731.295, segundo dados do Exército.

Se levados em consideração dados de anos anteriores, o abismo é ainda maior. Em 2019, primeiro ano da gestão Bolsonaro, foram 78.335 armas registradas, passando a 137.851 no ano seguinte e 257.541 em 2021.

Os quatro anos anteriores ao presidente, somados, tiveram menos de um terço dos registros dos primeiros 11 meses de 2022: 10.558 em 2015, 20.451 em 2016, 32.607 em 2017 e 59.439 em 2018.

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