Bolsonaro colocou cachê de Gusttavo Lima no sigilo de 100 anos, diz portal
Caixa nega qualquer sigilo sobre seus gastos com publicidade e o escritório de Gusttavo Lima se diz vítima de fake news.
12:35 | Dez. 08, 2022
O cachê recebido pelo cantor sertanejo Gusttavo Lima está, segundo o portal Movimento Country, sob sigilo de 100 anos por determinação do presidente Jair Bolsonaro (PL). Este dinheiro teria sido recebido pelo cantor para participar do comercial da Mega da Virada, em 2021. Tanto a Caixa quanto o escritório do cantor negam a informação.
Ainda segundo a publicação, no Portal da Transparência consta que a Caixa Econômica Federal desembolsou mais de R$ 10 milhões para a campanha. Porém, a destinação e o uso da verba não foram revelados e o pagamento feito ao cantor estaria sob o decreto presidencial.
Contudo, a Caixa afirmou que a quantia não está sob sigilo e que todos os seus gastos com cachês estão nos relatórios de publicidade. Mas, quando perguntada por diferentes portais sobre o valor pago ao cantor, nenhuma resposta foi dada.
O cantor Gusttavo Lima também é um dos nomes investigados por cachês superfaturados em shows realizados sem licitação por prefeituras em vários estados do Brasil.
Pronunciamento do escritório do cantor
Em um comunicado, o escritório de Gusttavo Lima reforçou que nunca teria havido sigilo em seu cachê.
"A BALADA MUSIC, escritório do cantor Gusttavo Lima, vem por meio deste informar que se trata de fake news a notícia que está circulando na internet a respeito de um possível sigilo de 100 anos, imposto ao cachê recebido pelo artista para a Campanha da Mega da Virada de 2020. Por se tratar de uma empresa pública, a CAIXA faz a divulgação dos valores aplicados em publicidade em domínio público, com acesso facilitado a todos os interessados, não havendo qualquer imposição de sigilo. Esclarecemos ainda que, conforme já dito pela própria instituição, a contratação do artista foi realizada via contrato de direito de uso de imagem com a agência de propaganda contratada pelo banco CAIXA via licitação, nos termos da Lei 12.232/2010, que regula a contratação de agências de propaganda no Governo Federal. Por fim, pontuamos que não toleramos fake news e que medidas jurídicas serão tomadas", dizia a nota.