Arthur Lira é chamado de "traidor" durante jantar do PL com Bolsonaro em Brasília
O deputado está costurando um amplo apoio em torno de si para viabilizar sua reeleição na Câmara dos Deputados. Nesta terça-feira, 29, ele contou com adesão do PT, PV, PCdoB e PSB.O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), foi hostilizado enquanto participava do jantar promovido pelo PL na noite desta terça, 29, em Brasília. Ele busca o apoio da legenda, que fez a maior bancada do Congresso, à sua reeleição ao comando da Casa. Ao chegar ao local do encontro, o parlamentar foi chamado de “traidor” por um grupo de apoiadores do atual presidente Jair Bolsonaro (PL).
"Omisso, se manifeste. O Brasil não vai se entregar, não. Ou viver a pátria livre, ou morrer pelo Brasil. Covarde, traidor da pátria. Como você dorme à noite? Você não tem família? Vendido", disseram os manifestantes, em solenidade que ocorreu no restaurante Dom Francisco, em Brasília, e reuniu líderes da sigla, parlamentares eleitos no último pleito e políticos de outros partidos, além de Bolsonaro.
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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), foi hostilizado durante jantar promovido pelo PL nesta terça-feira, 29, em Brasília. O parlamentar foi chamado de “traidor” por um grupo de apoiadores do atual presidente Jair Bolsonaro (PL). pic.twitter.com/jR1RWaw0mO
Ao deixar o local, acompanhado da deputada Carla Zambelli (PL-SP), Lira não voltou a ser alvo de protestos, mas chegou a ser questionado pelos manifestantes sobre o que achava dos atos realizados em frente aos quarteis, movimento que começou logo após o resultado das eleições e que questiona o resultado do pleito.
O deputado está costurando um amplo apoio em torno de si, que já conta com 14 partidos. Nesta terça-feira, 29, PT, PV, PCdoB e PSB aderiram ao blocão. O anúncio foi feito em entrevista coletiva. Mas o deputado quer o PL, que elegeu 99 deputados para a próxima legislatura, ao seu lado.
O jantar foi realizado para discutir as questões mais polêmicas que envolvem o PL. Na última semana, o presidente do Tribunal Superor Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, condenou o partido a pagar quase R$ 22,9 milhões de multa por litigância de má-fé após a sigla pedir a anulação de votos depositados em mais de 279 mil urnas eletrônicas no segundo turno das eleições. O magistrado também localizou e bloqueou R$ 13.599.298,26 da conta do partido.
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