Professora que se negou a orientar alunos de esquerda é desligada de programa
Após a vitória de Lula nas eleições, a professora negou orientação e pediu o desligamento de alunos "esquerdistas"A professora Sheylla Susan Almeida, da Universidade Federal do Amapá (UFAP), foi desligada do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Biotecnologia (Rede Bionorte) após investigação que considerou a conduta da docente como assédio. Após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Sheylla chamou alunos de "esquerdistas" e se negou a orientá-los.
Pelo caso de assédio com os discentes Débora Arraes e Líbio Mota, a decisão da Rede Bionorte determinou a proibição de Sheylla de participar das reuniões do programa, comissões e de dar aulas.
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Depois do fim do segundo turno das eleições, a professora do curso de Farmácia comunicou a decisão aos alunos por meio de um aplicativo de mensagens.
"Procurem outro professor para orientar vocês. Amanhã estarei entregando a carta de desistência da orientação de vocês. Não quero esquerdistas no laboratório. Portanto, sigam a vida de vocês", escreveu.
A docente ainda afirmou que outros estudantes de esquerda também deveriam pedir desligamento: "Estão comigo ou contra mim".
Após o caso ser compartilhado na Internet, a União Nacional dos Estudantes (UNE) fez uma publicação considerando o ato como absurdo e antidemocrático.
Com a repercussão negativa, a docente publicou um pedido de desculpas nas redes sociais e considerou que, "no calor das eleições", acabou se excedendo nas palavras.