Malafaia nega ter incitado atos golpistas: "Não mandei ninguém para portas de quartéis"
Líder religioso rebateu acusações de internautas, entre eles do humorista Gregório Duvivier, de que teria incentivado bolsonaristas a irem protestar em quartéisO pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, rebateu acusações de internautas, entre eles do humorista Gregório Duvivier, de que havia incitado os atos golpistas que bolsonaristas estão fazendo em frente aos quartéis do País.
Em tom irritado, ele chama o humorista de “esquerdopata”, “apoiador de corrupto”, “frouxo” e “covarde”. “Eu desafio alguém a provar que eu mandei alguém para a porta de quartel. Não mandei ninguém para portas de quartéis”, afirmou o pastor aliado do presidente derrotado Jair Bolsonaro (PL) em vídeo.
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Duvivier havia ironizado nas redes sociais na última sexta-feira, 25, o fato do líder religioso incitar as manifestações golpistas nos quartéis, mas ao invés de integrá-las, estar num resort de luxo.
Como é o nome desse quartel que o Malafaia tá sentado na frente pic.twitter.com/52PvTHwJzJ
— Gregorio Duvivier (@gduvivier) November 25, 2022
Ele também endossou a publicação de outro internauta que acusava o líder evangélico de incentivar “o povo a acampar no QG do Exército enquanto curte em resort de luxo com a esposa”.
É MOLE?
— Kallil Oliveira (@kalliloliveira_) November 25, 2022
Silas Malafaia manda o povo acampar no QG do exército e diz que o país vai pegar fogo enquanto curte em resort de luxo com a esposa pic.twitter.com/SAFU5WlbGt
“Um vídeo do dia 17/11, eu digo ‘quem é o criminoso? Alexandre de Moraes ou o povo?’. Nesse vídeo, muito pelo contrário, eu digo que as manifestações estão erradas. Não são nas portas dos quartéis, têm que ser em frente ao Congresso Nacional”, prossegue Malafaia.
“Eu não sou hipócrita. Toda manifestação que eu falei para o povo participar, eu estava lá: 7 de setembro do ano passado e deste ano".
O pastor ressaltou ainda que, no dia 20 de novembro, postou um vídeo afirmando que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes, teriam que "responder e convencer", senão o país iria pegar fogo.
O conteúdo fazia referência ao pedido do presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, sobre a anulação de mais de 270 mil urnas eletrônicas. Um dia depois, Moraes rejeitava o pedido do partido e aplicava multa de R$ 22,9 milhões por litigância de má-fé – quando alguém aciona a Justiça de forma irresponsável.
Inconformados com o resultado das urnas, apoiadores do presidente derrotado têm marcado presença em atos em estradas e na frente dos prédios sede das Forças Armadas pelo País desde o último dia 30. Entre as reivindicações, eles pedem por intervenção federal e convocação de novas eleições.